Estudos indicam que o vírus SARS-CoV-2 já se multiplicou em diferentes variantes pelo mundo, e estas podem apresentar uma capacidade maior de contágio, por isso a ideia de que uma pessoa contaminada já está imune à doença é falsa. Casos de reinfecção já estão sendo reportados no mundo, inclusive no Brasil.
No Brasil, a variante P.1 é a mais preocupante, estima-se que ela possua uma capacidade de transmissão 2,5 maior do que a variante “selvagem” e uma probabilidade de reinfecção de 6,4% em média. Segundo a Rede de análise COVID-19, a possibilidade de reinfecção pode estar relacionada a dois fatores principais: a perda gradativa da imunidade adquirida após o primeiro contato com o vírus e também a uma maior exposição daqueles que já haviam sido previamente infectados.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças sugere que uma reinfecção pode ser caracterizada pelo reaparecimento de sintomas após 45 a 89 dias de uma infecção sintomática. Já o Ministério da Saúde considera reinfecção quando há 2 resultados positivos de RT-PCR em um intervalo de tempo de 90 dias entre os episódios.
Especialistas de saúde alertam que esperar a “imunidade de rebanho” acontecer pode custar caro à sociedade e a única proteção na qual podemos confiar é a vacina. Além disso, a pessoa que contrair o vírus pela segunda vez pode também ter mais chances de transmitir a doença. Idosos são mais propensos a uma reinfecção por covid-19, mostra estudo publicado na revista científica The Lancet.