Fabio Wajngarten afirma que carta da Pfizer com ofertas de vacinas ficou 2 meses sem resposta

Redação
Por Redação 2 min de leitura
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O ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten depôs hoje (12) na CPI da Covid-19. O relator da Comissão Parlamentar, Renan Calheiros (MDB-AL) disse que Fabio mentiu quando perguntado sobre a entrevista dada à revista “Veja” e ameaçou o prender caso fosse confirmado. 

Wajngarten foi convocado para explicar declaração que, segundo a revista “Veja”, ele deu em entrevista no fim de abril. De acordo com a revista, Wajngarten afirmou que a “incompetência” da equipe do Ministério da Saúde atrasou a compra de vacinas contra a Covid-19.

O ex-chefe da Secom também disse, em entrevista, que o presidente Jair Bolsonaro não poderia ser responsabilizado, pois recebeu informações erradas no processo de aquisição de vacinas.

Nesta quarta-feira, porém, o ex-secretário disse que quando falou em incompetência, se referia à “burocracia” e à “morosidade da administração pública”. Ele ainda fez elogios ao ex-ministro Eduardo Pazuello, a quem chamou de “corajoso”.

Na condição de testemunha, o depoente se compromete a dizer a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho.

O ex-secretário irritou os membros da CPI, ao ser questionado sobre frases do presidente Jair Bolsonaro contra as vacinas. Wajngarten respondeu: “Pergunte para ele”. 

Fabio relatou que a carta da Pfizer ofertando doses da vacina contra a Covid-19 foi enviada à membros do governo no dia 12 de setembro, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, porém não foi respondida até o dia 9 de novembro e afirmou que assim que soube entrou em contato com a empresa. A carta demandava celeridade devido a demanda de outros países. 

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Primeira  e segunda página da carta enviada pela Pfizer ao governo brasileiro. Foto: Reprodução

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Como colocado por Renan, a intromissão de Wajngarten na negociação entre o Ministério da Saúde e a Pfizer prova o aconselhamento paralelo dado ao presidente durante a pandemia.

 

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