No dia 01 de março deste ano, moradores do bairro Porto dos Padres, em Paranaguá, no litoral do estado, tiveram que deixar suas casas devido a explosões no sistema de galerias pluviais da região. Ao menos 40 pessoas foram orientadas pela Defesa Civil a saírem de suas residências por conta do risco de novos incêndios. Uma casa chegou a ter o piso destruído.
Até agora, o que se sabe é que as explosões foram provocadas por gasolina ou nafta, que teria vazado para a tubulação. Uma verdadeira tragédia poderia ter acontecido caso houvesse mais produto inflamável nas galerias. Apesar de todo o transtorno, não houve feridos.
Porém, três meses após o incidente, os moradores não sabem o que aconteceu, e a imprensa local se silenciou sobre o caso, que pode estar relacionado a uma empresa que opera no Porto de Paranaguá.
À época dos fatos, a Polícia Federal foi acionada e identificou as causas das explosões, confirmando que se tratava de gasolina ou nafta. Não muito distante do Porto dos Padres, ficam barris de produtos inflamáveis que são exportados pelo terminal portuário, mas até agora, não há um indicativo de onde saiu o combustível que provocou o incidente.
Segundo a PF relatou em 03 de março, era apurada a extensão dos vazamentos e eventuais danos ambientais que pudessem ter sido causados pelo produto, já que a região onde aconteceram as explosões é área de proteção ambiental, cercada por manguezais e rios. Desde então, não houve um laudo para confirmar se os danos ambientais aconteceram.
A reportagem entrou em contato com o Instituto Água e Terra (IAT) que informou não haver novos detalhes sobre a investigação. A Prefeitura de Paranaguá, por sua vez, que em março disse que iria identificar o local de origem das explosões, até o momento não se posicionou.
O silêncio dos órgãos e da imprensa sobre o caso incomoda os moradores do Porto Seguro, que até agora não sabem o que aconteceu, e ficaram com os prejuízos provocados pelas explosões.