O médico e influencer brasileiro Victor Sorrentino retornou ao Brasil depois de ser detido no Egito, após postar um vídeo postado nas redes sociais assediando uma vendedora egípcia em português.
A assessoria do médico afirmou que Sorrentino retornou ao Brasil após “prestar todos os esclarecimentos solicitados e ser liberado pelas Autoridades Egípcias”. “A prioridade é o reencontro com a família e, oportunamente, [Sorrentino] vai se manifestar publicamente sobre o ocorrido.”
O vídeo
O caso veio à tona após o médico e influenciador postar em sua conta no Instagram um vídeo em que pergunta a uma vendedora local em português: “Elas gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”. No que a mulher sorri sem graça ao não entender o que o médico dizia.
O vídeo foi postado e depois apagado no perfil do médico, com quase 1 milhão de seguidores. Após a repercussão, Sorrentino apagou o stories, postou outro pedindo desculpas e dizendo que foi apenas uma “brincadeira”, além de ter restringido o acesso ao perfil, que antes era público. O médico também postou um vídeo em que diz que “não suporta injustiça, pessoas que não te conhecem falando de ti”.
A prisão
Victor foi detido no dia 30 de maio, no Cairo. A prisão foi fruto de um movimento iniciado por brasileiros e expandido por ativistas feministas egípcias. As ofensas verbais contra a vendedora de papiros chegaram a autoridades do país, que agora o acusam formalmente e estenderam a sua prisão.
Ele foi formalmente acusado de expor a vítima a insinuação sexual verbal, cuja pena é de 6 meses até 3 anos de prisão e multa não inferior a EGP 5.000 (cerca de R.643), ou uma das duas penalidades; transgressão contra os princípios e valores familiares da sociedade egípcia, com pena mínima de 6 meses de prisão e multa não inferior a EGP 50.000 (cerca de R.429), ou uma das duas penalidades; violação da santidade da vida privada da vítima e uso de conta digital privada para cometer esses crimes, ambas acusações também sujeitas a pena mínima de 6 meses de prisão e multa não inferior a EGP 50.000, ou uma das duas penalidades.