Londrina está em estado de risco no índice de infestação do Aedes aegypti, é o que aponta o resultado do primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2018, divulgado nesta quinta-feira (1º) pela Secretaria Municipal de Saúde.
A cidade registrou índice de 12,1% em janeiro, o que representa o maior percentual desde 1988, quando o levantamento começou a ser realizado. O número é considerado de risco pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza que o índice de infestação seja inferior a 1%. Em comparação com o último levantamento, no ano passado, o aumento foi de 181%.
“Recebemos com muita preocupação (este número). Sabíamos que janeiro, por ser um mês de calor atrelado às chuvas teria um número alto, mas não imaginávamos que chegaria a este índice, em que a cada 100 imóveis inspecionados, 12 tinham focos de dengue. É tratado como epidemia e a partir de agora vamos desencadear várias ações com objetivo de neutralizar o crescimento da circulação do vírus e manter os caso positivos dentro do aceitável”, destacou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
Foram inspecionados entre os dias 15 e 20 deste mês 9.672 imóveis em todas as regiões de Londrina. O centro apresentou os maiores índices, com 14,6%, em seguida vem a região leste (12,98%), norte (12,84%), sul (12,41%) e oeste (9,44%). O bairro mais problemático é o jardim Ideal, na zona leste, com infestação predial de 50. Na sequência vem o Waldemar Hauer (46,15) e Chácara São Miguel (42,11). Os principais criadores constatados foram acúmulo de lixo e pneus.
Casos
Apesar o alto índice de infestação do Aedes aegypti, Londrina tem até o momento apenas um caso de dengue confirmado. Nove foram descartados e outros 341 estão em andamento. Também está sendo investigado um caso de chikungunya.
(Com informações da Paiquerê)
(Foto: Neto Almeira/Paiquerê)