Polícia investiga conduta de empresário que obrigou menores a limpar lanchonete

Derick Fernandes
2 min de leitura
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ARAPONGAS, PR – A Polícia Civil de Arapongas, no norte do Paraná, vai investigar a conduta de um empresário que obrigou adolescentes a limpar a lanchonete da qual é proprietário. O grupo consumiu produtos do local e tentou sair sem pagar, mas foi pego pelo dono, que obrigou os jovens a fazer faxina para “quitar a dívida”. Caso foi registrado no último domingo (18).

Imagens gravadas por uma mulher, que a polícia acredita ser funcionária do estabelecimento, flagraram quatro meninas e dois meninos limpando piso, mesas, cadeiras, banheiro e cozinha.

Um inquérito foi instaurado para investigar as circunstâncias nas quais o caso ocorreu.

O delegado adjunto da 22ª Subdivisão Policial (SDP), Audair da Silva, afirmou que os jovens foram interrogados e confirmaram a tentativa de fuga, mas negaram a existência de qualquer acordo para quitar as dívidas e reclamaram de torturas físicas e psicológicas.

Silva afirmou acreditar que houve abuso por parte do empresário. “Os menores alegam que foram interceptados pelo proprietário, que estaria armado, e que foram torturados com sacos plásticos e puxões de cabelos. Alguns deles apresentavam sinais de lesões, alguns provocados por substância corrosiva, que suspeitamos que seja soda”, informou.

Os vídeos que circularam nas redes sociais também pesam contra o proprietário, visto que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a divulgação de imagens de menores. Compartilhar imagens de menores que tenham cometido algum crime, por exemplo, pode gerar multa de até R$ 15 mil.

Segundo o delegado, “não contente em impor esse vexame, a situação foi toda gravada e disponibilizada pelas redes sociais. O ECA prevê uma punição para quem divulga imagens de menores em ato infracional”.

Silva quer descobrir se a Polícia Militar (PM) foi chamada para atender à ocorrência do dia 18. Os menores informaram que a corporação foi acionada.

“Por enquanto só temos a versão dos menores. O próximo passo é ouvir os proprietários e funcionários do estabelecimento”, concluiu.

(Via TN Online)

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