Beto Richa afasta diretor-geral do DER, preso pela Lava Jato

Derick Fernandes
3 min de leitura
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CURITIBA, PR – Preso pela Operação Lava Jato na manhã desta quinta-feira (22), o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER-PR), Nelson Leal Junior, foi afastado pelo governador Beto Richa (PSDB).

A 48ª fase da Lava Jato, batizada de Integração, apura corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias do estado. Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que esta fase mostra o “real causa” dos altos preços altos do pedágio no Paraná.

Leal Junior ocupava o cargo desde 2013 e havia sido nomeado pelo irmão de Beto Richa, José Richa Filho. De acordo com o MPF, o diretor-geral do DER editava atos em favor das concessionárias. Ele integrava o grupo de trabalho escolhido pelo governador para estudar a renovação dos contratos de concessão.

Em depoimento ao procurador Diogo Castor de Mattos, Leal Junior negou todas as acusações.

DESPESAS

Investigações apontaram que Nelson Leal Junior comprou um apartamento de luxo em Balneário Camboriú (SC) por R$ 2,5 milhões e não declarou à Receita Federal. Conforme o MPF, cerca de R$ 500 mil do valor total foram pagos em espécie ou com recursos cuja origem não foi identificada.

O diretor do DER afirmou, em depoimento, que não costuma pagar despesas pessoais com dinheiro em espécie.

O MPF informou ainda que ele teria alugado uma embarcação de sessenta pés para o verão de 2017, de R$ 16 mil, para ser utilizada em dois dias. Os valores teriam sido depositados em espécie na conta do titular da empresa.

Os gastos de combustível e marinheiro, que giravam em torno de R$ 4 mil, também eram pagos em espécie.

DEFESA

O DER afirmou, em nota, que está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos e que defende a rigorosa apuração dos fatos.

A defesa de Leal Junior afirmou que está avaliando os documentos da investigações e só depois vai se manifestar.

BETO RICHA

Diante da deflagração da Integração, Beto Richa informou que determinou a instauração de processo de investigação, conduzido pela Controladoria Geral do Estado, para o esclarecimento de eventuais irregularidades apontadas pela Polícia Federal e pelo MPF.

(Via G1)

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