LONDRINA, PR – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (28), em Londrina, no norte do Paraná, três mandados de prisão preventiva expedidos pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Délcio Miranda da Rocha.
O empresário Luiz Guilherme Alho, o servidor municipal Ossamu Kaminagakura e o também empresário Vander Mendes Ferreira, todos réus da Operação ZR3, foram encaminhados à sede do Ministério Público (MP), mas devem ser transferidos a uma unidade prisional. Eles estavam sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
As prisões foram decretadas em resposta a uma solicitação do MP, que, segundo o delegado Alan Flore, descobriu “novas provas obtidas ao longo da investigação”, que “apontam a prática de outros crimes além daqueles que havíamos delineado no pedido inicial”.
O Gaeco abriu cinco novos inquéritos policiais à ZR3, que investigarão estes outros crimes, entre os quais o pedido e recebimento de propina pelo ex-vereador Joel Garcia e as obras do Arco Leste.
As informações são da Paiquerê.
ZR3
O esquema que consistia em mudar o zoneamento urbano em Londrina para beneficiar empreiteiras rendia cerca de R$ 1,6 milhão em propina aos vereadores e cargos comissionados que estão sendo investigados pelo Ministério Público Estadual na Operação ZR3. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o serviço envolvia a realização de estudos de Impacto de Vizinhança (EIV) e acompanhamento do projeto na Câmara.
“Antes, os agentes públicos faziam a solicitação de vantagem indevida diretamente aos donos de loteadoras. Depois, eles indicavam um prestador de serviço que solicitava indiretamente a propina”, disse o delegado Alan Flore.