CURITIBA, PR – O juiz federal Sérgio Moro bloqueou contas de duas empresas pertencentes ao grupo JMalucelli, de propriedade do empresário e suplente ao Senado Joel Malucelli, do Podemos-PR. O bloqueio atingiu as JMalucelli Energia e JMalucelli construtora, que são alvos da Lava Jato e suspeitas de pagar propina a políticos.
A investigação identificou o pagamento de R$ 173 mil a LS Consultoria Empresarial Agropecuária, empresa de fachada utilizada pelo sobrinho do ex-ministro Delfim Netto, Luiz Appolônio Neto.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Curitiba, na sede da empresa, e na residência de um dos seus executivos, Celso Jacomel Júnior. Essa foi a primeira vez que a JMalucelli foi citada na Lava Jato.
SUPLENTE NO SENADO
O escândalo por sua vez pode alterar os planos de Joel Malucelli e impedi-lo de assumir o Senado como suplente de Alvaro Dias no caso deste se licenciar para dedicar-se à campanha presidencial. A vaga pode ser ocupada por Severino Araújo, conhecido líder trabalhista e hoje presidente do PSB-PR.
OUTRO LADO
Em nota, a JMalucelli Construtora disse que “sempre agiu de acordo com seus princípios éticos e morais. Sua participação na construção da UHE Belo Monte se deve ao simples fato de ser acionista do empreendimento, motivo pelo qual afirma, com toda convicção, que não fez qualquer pagamento indevido conforme noticiado.”
A empresa finaliza dizendo que “está certa que a justiça comprovará sua idoneidade e não participação nos fatos apontados.”
