CURITIBA, PR – Um jovem que prefere não ser identificado acusou seguranças da boate Verdant, no centro de Curitiba, de agredi-lo violentamente após discutir com a gerente da danceteria V.L.P. O caso é mais um envolvendo a casa noturna, e ocorreu na madrugada do último dia 11 de março.
A vítima conversou com a reportagem do 24Horas e pediu para não ter o nome divulgado, temendo retaliações. O rapaz será identificado pela letra “R”.
R disse que depois de pagar R$ 250,00, presenciou uma cena em que outro cliente que estava no local, estaria sendo impedido de sair do estabelecimento. Ele, então, decidiu filmar a confusão para ajudá-lo, momento em que foi imobilizado e teve seu celular tomado para evitar o vídeo.
— Depois me levaram pela porta dos fundos e lá me espancaram me deixando caído no estacionamento conveniado que fica nos fundos –
Devido os ferimentos, o jovem precisou ser socorrido de ambulância ao hospital.
Ele conta que foi à delegacia e fez exame de corpo e delito. O jovem também contou que está providenciando processar a casa noturna, já que há testemunhas das agressões além de imagens gravadas após o ocorrido.
A boate não se manifestou sobre esse caso.
OUTROS CASOS
O 24Horas também apurou outros casos de agressão envolvendo a mesma boate. Um deles teria ocorrido fevereiro, quando um jovem acusou a casa noturna após ter sido agredido pelos seguranças. O rapaz também pediu que seu nome fosse oculto.
— Levaram R$ 310,00 da minha carteira. Fiquei sem ter como pagar minha comanda e por isso fui agredido. Disseram que eu tinha subido no palco e batido em DJ. Uma amiga viu quando eu estava na frente do caixa e fui tirado pelos fundos – relatou.
O jovem registrou queixa contra a casa noturna na delegacia.
Já na manhã deste sábado, um outro cliente teve o celular e relógio confiscados à força depois de ter descoberto que havia sido furtado dentro da boate. Em depoimento, Derick Fernandes relatou que “recebeu uma gravata” do segurança C.A.S sob ordem da gerência, por conta de uma comanda de R$ 60.
Um boletim de ocorrências foi oficializado no 2º Distrito Policial de Curitiba, no bairro Rebouças.
VERSÃO DA CASA
Em nota, o proprietário da boate Natanael Barbosa Ferreira negou que tenha havido agressão contra Derick. Ele afirma que a “Verdant tenta resolver problemas com seus clientes da melhor forma”, mas não se posicionou a respeito do celular e relógio do frequentador, que teriam sido retidos sob ordem dos funcionários.
Natanael ainda usou prints para “comprovar” o fato, mas não apresentou provas físicas, como por exemplo as câmeras do circuito interno da boate que exibem a atuação do segurança e da gerente.
Derick, por sua vez, em nota, relatou que está reunindo provas além de outras vítimas para ingressar com processo criminal contra a boate e seus proprietários ainda nesta segunda (19) e destacou que as imagens publicadas por Natanael são falsas e não comprovam “absolutamente nada” e que a casa agiu em desacordo com a legislação.
Em 2015, a Verdant foi acusada de reter clientes após desabamento de parte do teto de gesso que compunha a casa noturna. O caso foi tema de reportagem no programa Balando Geral da TV Record.
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