BRASÍLIA, DF – O governo federal anunciou que chegou a um acordo com os representantes dos caminhoneiros, e a greve que já dura quatro dias deve ser suspensa por 15 dias a partir de hoje.
A notícia foi divulgada na noite desta quinta-feira por meio de entrevista coletiva com os ministros Eliseu Padilha, Eduardo Guardia e Carlos Marun. Ao final do prazo de 15 dias, uma nova reunião será realizada entre os representantes do governo e o movimento dos caminhoneiros.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o Diesel terá o preço congelado por 30 dias. Isso vai de encontro aos reajustes diários realizados pela Petrobras. Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em 350 milhões de dólares, serão arcados pela estatal. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.
“[A greve] estava causando transtornos à vida do cidadão brasileiro”, disse Marun.
“O Brasil é um país rodoviário. Por isso, celebramos esse acordo”, completou Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil. Padilha também fez questão de destacar que a “família brasileira” precisa dos caminhoneiros.
Padilha ressaltou ainda que as reivindicações dos caminhoneiros autônomos também foram contempladas pelo acordo: “Vamos buscar com a Petrobras a situação dos trabalhadores autônomos para que eles possam trabalhar como terceirizados”, disse.
O ministro ainda acrescentou que o presidente Michel Temer estava “preocupado” com o que estava “acontecendo nos lares dos brasileiros”.
A paralisação afetou 22 estados da Federação e o Distrito Federal.
Veja alguns pontos do acordo entre caminhoneiros e governo federal:
– Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. O valor ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período
– Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em $ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.
– A cada 30 dias, o preço do combustível será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.
– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas
– Tabela de frete será reeditada a cada três meses
– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas
– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas
– Entidades e governo terão reuniões períodicas
– Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços
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