Cinzas de vulcão de Tonga deixam céu avermelhado no Paraná

Derick
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Céu de Londrina na tarde de segunda (31) - Foto: Arthur Vieira

Moradores de várias cidades do Paraná e de estados no sudeste do país estão sendo surpreendidos nesta semana por céus em tons laranja, rosa e vermelho. Imagens de Londrina, Curitiba e Maringá mostram os céus em tons impressionantes, como poucas vezes já observados.

O fenômeno é causado chegada das cinzas do vulcão Hunga Tonda-Hunga Ha’apai que entrou em erupção em 15 de janeiro. O vulcão fica há mais de 12 mil quilômetros de distância daqui, em meio ao Oceano Pacífico. No entanto, as cinzas já chegaram aos estados de Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e o próprio Paraná.

Considerada a maior dos últimos 30 anos em todo o mundo, a erupção do vulcão em Tonga devastou áreas próximas, liberou 400 mil toneladas de dióxido de enxofre na atmosfera, e suas cinzas e gases atingiram a estratosfera, o que ocorre apenas em episódios de grande intensidade. Segundo a Nasa, a energia da explosão foi mais intensa do que 500 bombas atômicas como a que foi lançada sobre Hiroshima em 1945.

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Céu de Foz do Iguaçu no oeste do Paraná nesta segunda (31) – Foto: Rádio Fronteira

 

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Céu avermelhado em Curitiba – Foto: César Neves

Depois de alcançar a estratosfera, a pluma de gás, vapor e cinzas produzida durante a erupção migrou para Oeste. Com base em alertas de cinzas vulcânicas emitidos pelos centros australianos de alerta para a aviação de cinzas (VAAC) de Wellington e depois pelo de Darwin, a extensão horizontal da pluma cresceu de 18 mil km quadrados em 15 de janeiro para 12 milhões de km quadrados em 19 de janeiro.

As cinzas continuaram a flutuar em altitudes entre 12,8 quilômetros e 19,2 quilômetros entre os dias 19 e 22 de janeiro. Embora estivessem difusas e difíceis de se distinguir das nuvens, o sinal de dióxido de enxofre das plumas vulcânicas era mais forte. Em 22 de janeiro, a ponta da pluma atingiu a costa Leste da África. Na sequência, com menor densidade, o material vulcânico cruzou o continente africano e chegou ao Atlântico até atingir a costa brasileira na terça-feira (25).

Imagens de satélite mostram que a pluma chegou com maior densidade na costa mais ao Norte do Sudeste.

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