O instrutor de tiro Tiago Rossi, que mora em Maringá, foi para a Ucrânia “lutar” na guerra que acontece entre o país do leste europeu e a Rússia, mas disse que fugiu após aviões russos atacarem integrantes da Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia, formada por voluntários vindos de vários países.
O atirador brasileiro explicou que precisou fugir para sobreviver. “Eu não imaginava o que era uma guerra”, contou em um ônibus, já no território da Polônia, país membro da OTAN.
Segundo Rossi, sobreviveram aqueles que conseguiram sair da base antes do ataque. “La tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. A informação que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles [russos] acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era um guerra”, diz.
Tiago Rossi (atirador brasileiro), um dos caras q foram lutar c/ a cara e a coragem sem saber que estava acontecendo uma GUERR@ ! (1:17)
Bravura sem saber onde estava se metendo … pic.twitter.com/3QlimTQ5Lh
— Tsuki (@Fa1ryNight) March 14, 2022
No vídeo, o atirador ainda descreve como foi o bombardeiro. “Teve um bombardeio, às três horas da manhã teve o primeiro sinal. A sirene tocou. Deu cinco horas da manhã, nem tocou sirene e, de repente, veio um caça e soltou um míssil em cima da gente. Não teve o que fazer. A gente saiu correndo para o meio do mato e vários mísseis começaram a ser disparados em cima da gente”.
O maringaense conta que quando a primeira onda de misseis terminou “a gente foi reagrupar o batalhão para ver quantas baixas tiveram. Eles [russos] estouraram toda a parte de paiol, centro médico, acabaram com tudo. Fomos orientados a sair de lá o mais rápido possível”, disse.
FUGA
Nas redes sociais, brasileiros da Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia disseram ter deixado a área militar de Lviv horas antes do bombardeio, na madrugada desta segunda-feira (14), que deixou, segundo o governo ucraniano, ao menos 35 mortos e 134 feridos.
Já a Rússia fala em 180 óbitos de “mercenários estrangeiros” e a “destruição de armas fornecidas por países do ocidente”.