Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu dez mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão em Arapongas, na Região Metropolitana de Londrina, e no Mato Grosso do Sul, perto da fronteira com o Paraguai, após descobrir que imóveis de um casal de narcotraficantes que teria sido morto em 2018 estavam sendo transferidos para a posse de outras facções criminosas.
A operação Fauda foi deflagrada nesta quinta-feira (04) e apura crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.
O casal está desaparecido desde 2018 e conforme a gente investigou, eles foram mortos por rivais no Paraguai. Com base nisso, esse casal, que era milionário, deixou inúmeros bens e exercia o tráfico em grande escala
Leandro Antunes, promotor de Justiça.
Ainda segundo o promotor, duas facções disputavam os bens e tentavam transferi-los a nome de terceiros usando documentos falsos, CNHs, escrituras públicas e procurações em nome do casal morto. A investigação ainda teve acesso a imagens em que uma mulher investigada ostenta a mansão avaliada em quase R$ 3 milhões do casal de traficantes.
Em publicações no Instagram, ela também exibia carros de luxo e fazia comentários como “não foi sorte, foi justiça”, em alusão a seu filho, que teria sido morto por ordem do casal em 2017;
A investigada já foi alvo em 2018 de uma operação do Ministério Público Federal (MPF) chamada de Laços de Família. Na época, o marido dela, um policial militar, foi apontado como chefe da facção criminosa, e neste ano ele acabou condenado a 61 anos de prisão.
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