Uma informação publicada nas redes sociais informa que uma família de Londrina estaria sendo monitorada com suspeita de coronavírus, mas a notícia não procede. A reportagem do 24Horas entrou em contato com o secretário de saúde Felippe Machado, que reiterou que a cidade não tem nenhum caso suspeito de infecção.
Conforme o texto divulgado por um site, a família teria retornado há poucos dias da China e estaria apresentando sintomas da doença provocada pelo vírus, cujo o epicentro está localizado na cidade chinesa de Wuhan, na província de Hubei.
O diretor de jornalismo de um canal de TV local também publicou um vídeo com a informação da suposta suspeita. Segundo o jornalista, a secretaria de saúde de Londrina já estaria informada, informação que o secretário Felippe Machado também desmentiu.
“A secretaria de saúde está atenta e monitorando todos os casos suspeitos. Não há o menor critério em nenhum caso na cidade, que possa ser enquadrado como suspeito de coronavírus. E supondo que aconteça, atuaremos rápido seguindo o protocolo”
Dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados neste sábado (01) informam que 16 casos suspeitos estão sendo tratados no Brasil, e nenhum é em Londrina.
O secretário de saúde lamentou a publicação, e disse que a disseminação de informações incorretas apenas provoca pânico desnecessário na população. Para prevenção do vírus, os hospitais e unidades de saúde de Londrina estão distribuindo informativos com cuidados que devem ser tomados para evitar a infeção.
ESTAREMOS PREPARADOS
Em entrevista recente, o prefeito Marcelo Belinati disse que Londrina está se preparando para combater o coronavírus. O Hospital Universitário, principal da cidade, funcionará como centro de referência de tratamento e combate do coronavírus, caso seja registrado qualquer caso na região.
Além disso, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e Básicas de Saúde (UBS’s) estão orientando pessoas que por ventura apresentem os sintomas.
TRANSMISSÃO
As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
- gotículas de saliva;
- espirro;
- tosse;
- catarro;
- contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
- contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e, portanto, o risco de maior circulação mundial é menor.
O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
COMO SE PREVENIR?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
- realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).