Weintraub saiu do Brasil para não ser preso, e só foi exonerado ao desembarcar nos EUA

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes Deixe um comentário 3 min de leitura
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O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, já teria cumprido o que anunciou e para fugir da prisão, foi embora para os Estados Unidos. O país americano já havia anunciado que não permitira a entrada de Brasileiros por causa da pandemia, mas no caso de Weintraub, ele estava com passaporte diplomático do governo.

O presidente Jair Bolsonaro exonerou o então ministro da Educação somente após o desembarque dele em território americano.

Na manhã deste sábado (20), o ex-ministro fez uma postagem no Twitter e, nos detalhes da publicação, é informado que o tuíte foi feito de Miami, na Flórida.

Também pelo Twitter, o assessor especial de Jair Bolsonaro e irmão de Weintraub, Arthur Weintraub, informou que o ex-ministro de fato está nos EUA. “Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA”, postou.

jornalista Guga Chacra, que vive nos EUA, questionou como Weintraub teria entrado legalmente no país por não ser residente permanente.

“Mas como teria entrado no país? Não é residente permanente e tampouco cidadão. Portanto necessitaria duas semanas de quarentena em um terceiro país que aceite brasileiros e cujos viajantes sejam aceitos nos EUA. Turquia, por exemplo. Para Miami, direto, não faria sentido”, explicou Guga.

E prosseguiu:

“Se entrou c/ passaporte diplomático de ministro, teria de atualizar o status imigratório assim q fosse exonerado. Necessitaria sair dos EUA novamente p/ pegar o visto p/ trabalhar no Banco Mundial qdo tiver aprovação e ingressar novamente nos EUA. Se não o fizer, estará irregular”.

Na sexta-feira (19), Weintraub já havia anunciado que sairia do Brasil. “A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes, Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem”, disse em entrevista à CNN Brasil.

Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter Weintraub na mira do inquérito que apura fake news disparadas contra integrantes da corte e seus familiares.

Weintraub é investigado por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Além disso, ele é alvo de inquérito por racismo contra chineses.

Ao anunciar sua saída do MEC, Weintraub afirmou que foi indicado ao cargo de diretor executivo para o Banco Mundial. A nomeação, no entanto, precisa ser aceita pelos outros países que compõem o bloco com o Brasil.

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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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