Uma disputa entre facções criminosas provocou uma confusão generalizada, o que levou a um incêndio que provocou a morte de seis presos e deixou outros 20 detentos feridos na noite desta segunda-feira (17) na Cadeia Pública de Ibiporã, na região metropolitana de Londrina.
A informação da Polícia Civil é que um dos grupos ateou fogo em colchões em uma das celas, e esse foi o fator que levou o fogo se alastrar e consumir outros setores da cadeia, que vive superlotada de presidiários – alguns já condenados e cumprindo pena, mas sem a menor infraestrutura possível.
O Corpo de Bombeiros enviou caminhões de combate a incêndio ao local e conseguiram controlar as chamas, mas a fumaça tóxica tomou conta do prédio. Os corpos dos presos foram encontrados carbonizados em meio a escombros, os outros 20 feridos tiveram queimaduras ou inalaram fumaça, e foram encaminhados ao Hospital Universitário de Londrina, alguns em estado grave.
O local tem capacidade para abrigar 35 presidiários, mas conta com 170 detentos, segundo relato dos policiais que trabalham na carceragem. Agentes do Batalhão de Choque, e da Seção de Operações Especiais do Depen (SOE) conseguiram controlar a rebelião que se iniciou por causa do incêndio somente às 2h.
Os seis mortos foram encaminhados ao IML de Londrina, e ainda não tiveram o nome divulgado.
FUGAS CONSTANTES
A Cadeia de Ibiporã é considerada um barril de pólvora. Não tem estrutura e as fugas são constantes no local. A última fuga, registrada em 31 de julho, deixou escapar ao menos 20 presos.
Eles fugiram por um buraco no teto da cadeia.
Um dia antes dessa fuga, outro buraco no tero foi descoberto, o que segundo a polícia, frustrou uma fuga em massa ainda maior dos detentos.
O Governo do Paraná, responsável pela delegacia, não se posicionou.