O Governo do Paraná determinou a desativação de 45 leitos de UTI destinados a pacientes com coronavírus no Hospital Universitário de Londrina (HU). Os leitos foram desativados neste domingo (01), sendo eles 10 leitos UTI adulto, 9 leitos de UTI pediátrica e 26 de enfermaria.
Segundo Vivian Feijó, superintendente do HU, a medida foi adotada após a queda no número de novos casos na macrorregião e a redução da ocupação dos leitos. Foram 550 novos casos de coronavírus registrados nas últimas duas semanas. A nível de comparação, na primeira semana de setembro foram 2.895 casos confirmados na região, durante o pico da pandemia.
O governo abriu 66 leitos de UTI Covid-19, 14 de UTI pediátrica e outros 80 leitos de enfermaria no Hospital Universitário de Londrina, que se transformou em referência no atendimento de casos de infeção por coronavírus. Com a redução de leitos, o HU sai de 454 para 409 leitos no total, deve manter uma quantidade reservada para tratamento do vírus.
A redução de leitos no entanto preocupa no caso de uma segunda onda da doença. Mesmo com a quantidade de leitos disponíveis, o Hospital Universitário chegou próximo da superlotação, com 86% dos leitos ocupados em setembro. Atualmente a ocupação está em 56%.
DESATIVAÇÃO JÁ ERA PREVISTA
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SESA), a desativação dos leitos estava no plano de enfrentamento da doença. São 681 leitos desativados entre o dia 01 de setembro e 03 de novembro.
Leitos já foram desativados em Curitiba, Guarapuava, Campo Mourão, Goioerê, Umuarama, Cianorte, Paranavaí, Colorado, Pato Branco, Sarandi e Maringá. Nos primeiros dias de novembro, a redução deve atingir ainda as cidades de Ivaiporã, Arapongas, Apucarana, Jacarezinho e São José dos Pinhais, além de Londrina.
A intenção do governo seria economizar recursos com a manutenção dos leitos e remanejar valores. Mas será possível reativá-los com urgência caso haja a necessidade. Segundo Vinicius Filipak, diretor da SESA, a reativação é possível quando a ocupação nas UTIs e enfermarias superar 75% do total.
No caso do HU, os leitos estavam colocados no hospital de retaguarda, onde deve funcionar a Maternidade do Hospital após a pandemia.