Em estreia de Thiago Ribeiro, Rio Branco e Desportivo Brasil empatam sem gols em Americana

O goleiro Douglas Marques do Tigre foi o destaque da partida

Murilo Godoy
7 min de leitura
Foto: Christian Guedes
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Na tarde deste sábado (22), Rio Branco e Desportivo Brasil se enfrentaram no jogo de ida das quartas de finais da Série A3. No Estádio Décio Vitta em Americana, as equipes não saíram do zero, deixando tudo para o jogo de volta em Porto Feliz.

Primeiro tempo equilibrado 

A partida começou bem truncada. O Rio Branco tinha mais posse, mas não conseguia incomodar o Desportivo, que veio com uma postura mais reativa. Com um time bem compacto sem a bola, o Dragão chegava a defender com 5 jogadores. 

Entretanto, mesmo com maior posse de bola, quem chegou primeiro com perigo foi o Desportivo Brasil. Após cruzamento na área, por pouco Lucas Gadelha não abriu o placar. O centroavante acertou um belo voleio porém o goleiro Douglas Marques conseguiu espalmar para fora. No escanteio, mais uma grande chance do Dragão. Após boa cabeçada, o Desportivo fez o goleiro Douglas trabalhar mais uma vez.

Os primeiros 5 minutos foram realmente exceção. A partir dos 10 minutos quem controlava o jogo era o Desportivo Brasil, que atacava em bom número e conseguia se recompor rapidamente para evitar os contragolpes. O Rio Branco deixava muito espaço para o Desportivo criar, ao contrário do que faziam os visitantes, que se não conseguiam roubar a bola, “apelavam” para falta tática.

Defendendo com 3 volantes, o Desportivo definitivamente não deixava espaço para o Tigre criar pelo meio. Isso fez com que o Rio Branco usasse mais as laterais, inclusive na bolas aéreas. O único jogador que tentava algo diferente e conseguia levar a bola da lateral para o meio era o camisa 10. O meia Felipe Muranga era quem criava as jogadas ofensivas do Rio Branco, sendo o destaque do Tigre no primeiro tempo.

A partir da metade do primeiro tempo, o jogo ficou ainda mais equilibrado, porém com cada vez mais faltas. O tempo de bola rolando diminuiu muito, atrapalhando demais o desenvolvimento da partida. Aos 35 minutos, após boa cobrança de falta por pouco o Desportivo Brasil não abriu o placar. Luiz Felipe acertou a trave direita do gol de Douglas Marques. Até os 40 minutos, as melhores chances da primeira etapa foram do Dragão, que explorou muito bem o ponto fraco do Rio Branco: a bola área.

Entretanto, aos 42 minutos, por pouco o Rio Branco não balançou as redes. Em chute forte de fora da área, Tenner acertou o travessão do goleiro Thierry, 3 minutos depois, o mesmo jogador chutou em cima do arqueiro do Desportivo Brasil. E o primeiro tempo terminou assim: sem gols, porém com grandes chances para os dois lados.

Segundo tempo morno 

Para a segunda etapa, o treinador do Tigre (Luiz Carlos), decidiu mexer no time. No final primeiro tempo, o lateral Vinicius Oliveira teve que sair por contusão. Já no intervalo, quem saiu foi o atacante Luis Gregorio, dessa vez por opção técnica. No lugar dele, entrou o camisa 15 Willian Soares.

Aos 7 minutos, a mudança já começava a fazer efeito. Em mais uma grande jogada do meia Felipe Muranga, Willian Soares por pouco não abriu o placar. Aos 15 minutos, o Desportivo Brasil também mexeu. Saiu o camisa 10 Murilo para a entrada do 20 Nestor Mansur.

A primeira metade do segundo tempo foi muito morna, pouquíssimas chances para ambos os lados, mas principalmente para o Desportivo. O Tigre ainda teve 2 boas chances de gol, mas as 2 pararam no goleiro Thierry. Ainda insatisfeito com o desempenho da equipe, o técnico Luiz Carlos fez outras 2 mexidas no time mandante. Entraram Markson e Brown, para as saídas de Luketa e Gui Vieira. 

Muito contestado pela torcida, o camisa 8 Tenner não fazia um bom jogo. Dessa forma, o torcedor já pedia a entrada do experiente meia Thiago Ribeiro em seu lugar. Com passagens por clubes como Santos e São Paulo, o atleta de 39 anos foi anunciado como novo reforço do Tigre. No banco de reservas, o meia já era aclamado pela torcida rio-branquense.

Assim como no início do primeiro tempo, o Desportvo Brasil adotou um estilo de jogo reativo, saindo nos contragolpes. E foi em um deles que por pouco o Dragão não fez 1×0. Em mais uma bola área, o centroavante Lucas Gadelha obrigou Douglas Marques a fazer outra grande defesa.

A segunda etapa era muito mais morna em relação a primeira. Jogando fora de casa, o Desportivo começava a baixar cada vez mais as linhas. O Dragão se mostrava muito satisfeito com o empate, ao contrário do Rio Branco, que tentava impor seu estilo de jogo. Ao longo da partida, os pontos fortes e fracos de cada equipe ficavam ainda mais evidentes. Defensivamente, o Dragão sofria nas laterais. As jogadas de perigo do Rio Branco saíam dos pés do lateral Giba. Já ofensivamente, o Desportivo Brasil explorava os contragolpes.

Em contrapartida, o Tigre sofria muito nas bolas paradas. Era muito difícil o Desportivo Brasil não ter uma chance real de gol em faltas ou escanteios. Se não fosse o goleiro Douglas Marques, o Rio Branco poderia ter sofrido no mínimo 2 gols da equipe visitante.

Depois de muita “insistência” da torcida, o técnico Luiz Carlos colocou o experiente Thiago Ribeiro em campo. Já no seu primeiro toque na bola, por pouco Thiago não abre o placar. Depois da finalização do meia, o clima no Décio Vitta era outro. A torcida voltava a empurrar o time, que ainda tinha tempo para buscar o gol da vitória.

Porém depois disso, nada mudou. Empate sem gols e um resultado ruim para o Tigre, que agora vai até Porto Feliz decidir a classificação. A equipe do Dragão se mostrou satisfeita com empate, pois agora joga junto de sua torcida a partida de volta.

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