Homem que tentou matar mulher e a deixou tetraplégica é condenado a 23 anos de prisão

Redação
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Foto: Arquivo pessoal

A dor dos familiares de Cidnéia Aparecida Mariano da Costa, de 34 anos, foi amenizada com a condenação do homem que tentou matá-la, mas acabou a deixando tetraplégica e incapaz de ter uma vida normal. O caso de Néia, como é conhecida, comoveu a população de Londrina, além de mudar totalmente a rotina da família, que agora se dedica em cuidar dos filhos dela, e da vítima que está acamada.

O júri popular na noite desta quinta-feira (04) decidiu que Emerson Henrique de Souza, ex-companheiro da mulher, está condenado a 23 anos de prisão em regime fechado, por tentativa de homicídio triplamente qualificado e agravante de tentativa de feminicídio, motivo torpe e meio cruel. Ele ainda foi condenado por lesão corporal, já que hoje a vítima não anda e não fala devido a suas atitudes.

O julgamento teve forte apoio popular e também do movimento feminista de Londrina, que esteve presente na frente do Fórum durante todo o procedimento. Faixas foram estendidas pedindo justiça por Cidinéia. Os familiares dela também participaram da sessão e aguardaram o resultado final no Tribunal do Júri, na Avenida Tiradentes, Zona Oeste da cidade.

A sentença foi lida pelo juiz Paulo César Roldão às 20h40 e foi motivo de comemoração para os familiares e manifestantes presentes

Emerson foi condenado a 23 anos de prisão - Foto: Divulgação / PM
Emerson foi condenado a 23 anos de prisão – Foto: Divulgação / PM

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MORTE SOCIAL

Cidinéia estava tentando terminar uma relação com Emerson amigavelmente, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. Em 8 de abril de 2019, a vítima foi brutalmente agredida pelo ex-companheiro, que ainda a asfixiou no intuito de tirar sua vida. Durante as agressões de Emerson, a mulher desmaiou, e pensando que ela tinha morrido, ele deixou o corpo em uma área rural no distrito da Warta, na Zona Norte de Londrina.

A mulher sobreviveu à violência, mas se tornou socialmente incapaz de ter uma vida social normal como antes. Por causa da asfixia, ocorreram lesões irreversíveis no cérebro de Néia, que agora é incapaz de andar e também não consegue falar. Os filhos dela, que na época do crime tinham 4, 6, 12 e 17 anos, sentem a falta do abraço e do carinho da mãe.

A condenação de Emerson não trás de volta a vitalidade de Néia como antes da tragédia. Mas serve de alento, em pelo menos saber que o culpado de tamanha crueldade está preso – e deve continuar por um longo tempo.

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