Caso Lorenza: O corpo chegou ao IML quase sem sangue e intriga a investigação

Redação
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O inquérito concluído pelo Ministério Público (MP) de Minas Gerais acusou o promotor André Luís Garcia de Pinho pelo homicídio de sua mulher, Lorenza Maria de Pinho, de 41 anos,  em Belo Horizonte. Ele está preso em Minas Gerais acusado de dopar e matar a esposa. 

Entre os pontos, chama atenção a ausência de sangue no corpo de Lorenza, o que dificultou os trabalhos no Instituto Médico Legal (IML). A perícia médica teve que usar a técnica de espremedura do baço para conseguir amostras sanguíneas. “Essa é uma questão que intriga a todos”, diz o delegado Alexandre da Fonseca, responsável pelo caso, em entrevista à rádio Itatiaia. 

De acordo com os investigadores, André premeditou o crime e depois tentou cremar o corpo da mulher para não deixar provas. No dia, o promotor foi visto com duas garrafas de cachaça, o que estranhou a família pois o mesmo não consumia bebida alcoólica.

No dia seguinte, as câmeras do prédio registraram a entrada de um médico e uma enfermeira no apartamento, Lorenza já estava morta. O atestado de óbito indica “pneumonite”, engasgo por alimento ou vômito.

A relação do promotor com “questões religiosas, de cunho espiritual” também é citada no inquérito. A situação assustou, até mesmo, os profissionais responsáveis pela investigação na delegacia. “Todos da equipe [se benzeram]”, admite o delegado.

“Essa questão de ocultismo assustou a todos. Na investigação surgiram alguns fatos, mas as provas não foram contundentes”, completa. 

Houve, ainda, os agravantes de motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o laudo do IML apontou que Lorenza sofreu envenenamento.

A polícia não tem explicação para a ausência de sangue, uma vez que o corpo não apresentava cortes ou perfurações visíveis. 

A pena prevista para feminicídio é de, no mínimo, 12 anos e pode chegar a até 30 anos de prisão.

*Estagiária

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