Escândalo: 1.262 gaúchos mortos pediram o auxílio do Governo

Edmundo Pacheco
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Rio Grande do Sul – Ciclone – Sobrevoo, assistência e resgate de pessoas ilhadas em Bom Retiro do Sul (RS). Foto: Marinha do Brasil/RS

Um escândalo no Rio Grande do Sul: pelo menos 1.262 dos 629,6 mil pedidos de ajuda foram feitos em nome de pessoas que já morreram.

O Ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, afirmou que o governo está utilizando dois mecanismos principais para combater essas fraudes.

O primeiro envolve a publicação dos nomes, endereços e CPFs de todos os beneficiários do auxílio. O segundo consiste no cruzamento de dados do Censo, contas de água e luz, registros do SUS, CadÚnico e Receita Federal.

“É lamentável que, numa situação como essa, a gente tenha que enfrentar essa tentativa de fraude, que é tirar o dinheiro das pessoas que mais precisam na hora que elas mais precisam”, declarou Pimenta.

Porto Alegre é a cidade com o maior número de pedidos fraudulentos. Entre as 124,7 mil famílias cadastradas na capital, 862 pedidos foram feitos em nome de pessoas falecidas. Novo Hamburgo, Canoas e São Leopoldo, na Região Metropolitana, também tiveram um número significativo de fraudes.

Auxílio Reconstrução de R$ 5.100, criado em medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pago em parcela única, e destinado às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

O valor do auxílio está sendo pago por família. São 369 os municípios gaúchos habilitados a receber, por terem os estados de emergência ou calamidade pública reconhecidos pela Defesa Civil nacional até 15 de maio último.

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