Governo decide que horário de verão não retorna em 2024

A possibilidade de retorno da medida pode ser reavaliada no próximo ano

Kaylane Trindade
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Foto: Ricardo Botelho/MME

Após uma reunião na manhã desta quarta-feira (16), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartaram a possibilidade da retomada do horário de verão em 2024.

A medida começou a ser discutida no mês passado, como forma de economizar energia e otimizar a geração pelas fontes solar e eólica, diminuindo a dependência de usinas hidroelétricas nos horários de pico. Entretanto, vinha sendo rejeitada pelo ministro Alexandre Silveira, que já havia adiantado nas últimas semanas que o horário de verão em 2024 só seria retomado se fosse “imprescindível”.

A conclusão foi tomada após avaliação de novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

“Nós hoje na última reunião com ONS e hoje numa reunião presencial chegamos a conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para esse período, esse verão, temos a segurança energética assegurada” — disse Silveira em entrevista à jornalistas nesta quarta.

Apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro, a pasta avalia que houve melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas, evitando o adiantamento dos relógios ainda este ano.

“Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025“, informou.

Contextualizando: 

Segundo o ONS, o horário de verão ajuda a aumentar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%.

Desde a sua adoção, que passou a ser anual a partir de 1985, o horário de verão tem a intenção de promover uma economia no consumo de energia, tendo em vista que as pessoas teriam mais tempo de luz natural.

No entanto, em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios. 

A medida volta à tona em 2024 não apenas por sua eficácia para economizar energia, mas por ser uma alternativa de aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas – mais caras e poluentes.

Silveira afirmou que as ações executadas até aqui “garantiram a segurança energética e diminuíram o impacto do horário de verão na vida das pessoas”.

Segundo ele, a adoção do horário especial em 2025 será avaliada no ano que vem.

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