O julgamento dos réus acusados pela tragédia na Boate Kiss em 2013 entrou no quarto dia neste sábado (4/12), no Foro Central de Porto Alegre. Os depoentes serão Alexandre Marques, testemunha de defesa de Elissandro Spohr, sócio da Kiss, e o sobrevivente Maike Ariel dos Santos, indicado pelo assistente de acusação.
Produtor musical de uma banda que costumava se apresentar na boate Kiss à época da tragédia (que não era a banda Gurizada Fandangueira, presente no dia do incêndio), Almeida disse aos jurados ser costume a utilização de fogos de artifício em apresentações musicais para trazer “glamour” às apresentações.
Ele disse, porém, que esse tipo de fogos já haviam sido vetados por um dos sócios da Kiss. “No dia que fomos tocar pela primeira vez, nós queríamos fazer bonito. O Marcelo (de Jesus dos Santos, que é músico da Gurizada Fandangueira e réu) sabe como funcionava: você vai em um local diferente e isso [os fogos, conhecidos como Sputnik] gera um certo glamour”. Elissandro Spohr, porém, teria vetado os fogos devido à cortina que havia no palco.
A Gurizada Fandangueira, porém, usou os fogos no dia da tragédia e, segundo a investigação, uma faísca começou o incêndio que matou 242 pessoas e feriu 680.
A promotora que lidera a acusação, Lúcia Helena Callegari considerou o depoimento dele “equivocado” e uma tentativa de “dizer que a Kiss estava certa”.
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