Padrasto é preso ao confessar que matou e enterrou enteada de 12 anos

Derick Fernandes
4 min de leitura
Júlia foi encontrada morta em João Pessoa; Padrasto foi preso pelo crime - Foto: Divulgação / Arquivo pessoal
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A Polícia Civil da Paraíba encontrou nesta terça-feira (12) o corpo da menina Julia dos Anjos Brandão, de 12 anos, que estava desaparecida desde 7 de abril em João Pessoa, capital paraibana. Um homem identificado como Francisco Lopes, que é namorado da mãe da garota, foi preso após confessar o crime.

O corpo de Julia foi encontrado na Praia do Sul, no bairro de Gramame. Segundo a mãe da menina, Josélia Araújo, a adolescente sumiu depois de receber mensagens de pessoas desconhecidas pela internet. A mãe disse que a filha não costumava sair de casa sem avisar, e que não houve discussões entre elas.

Julia dos Anjos é paranaense. O pai, a madrasta e uma tia da menina moram em Curitiba; os familiares chegaram a viajar até a Paraíba para ajudar nas buscas.

A Polícia Civil com base nas informações da mãe passou a investigar as supostas mensagens recebidas pela menina, e chegou a conclusão de que o perfil que enviou as mensagens é falso. Diante disso, a suspeita da participação de outras pessoas foi descartada.

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Corpo da menina foi encontrado no bairro Gramame em João Pessoa – Foto: Colaboração

O padrasto, disse em entrevista à TV Cabo Branco, nesta segunda-feira (11), que uma mulher que ele conhecia, mas não sabia o nome, tinha visto a menina na Praia do Sol. Hoje, ele foi preso pelo crime.

De acordo com o delegado Rodolfo Santa Cruz,  titular da delegacia de homicídios de João Pessoa, o padrasto foi ouvido pelo delegado Hector Azevedo, que disse que após a confissão, Francisco indicou onde estaria o corpo da menina.

— Ele não é novidade para ninguém na Paraíba. Todo mundo já desconfiava dele, várias pessoas com quem conversei colocavam ele na linha de principal suspeito, de fato. A polícia não tinha elementos concretos que pudessem pedir a prisão. Hoje ele foi novamente chamado, e confessou o crime — disse o Rodolfo.

Ainda nesta terça, Francisco e Josélia foram ouvidos pela Polícia Civil, que também ouviu outros parentes da menina, que chegaram do Paraná.

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Menina Júlia estava desaparecida desde o dia 7 de abril – Foto: Divulgação / Arquivo pessoal

“A mãe descreveu o perfil de comportamento da filha e disse que o relacionamento dela com o atual namorado era salutar. Ela passou as redes sociais que a menina usava”, afirmou o delegado.

Rodolfo Santa Cruz também disse que o padrasto entrou em contradição todas as vezes em que foi ouvido. “Foram feitas perícias, já existiam alguns elementos, e nas oitivas, ele entrava em contradição. Essas contradições foram apontadas, e ele acabou confessando o crime”, concluiu.

JÚLIA VOLTARIA AO PARANÁ

Os familiares de Júlia que moram no Paraná chegaram a João Pessoa na madrugada de sexta-feira (08). Jeferson Brandão, que é o pai, trabalha em Curitiba e não havia conseguido chegar antes.

A esposa de Jeferson e madrasta de Júlia, Karine Domingues, relatou que a criança estava feliz, e que conversou com ela na quarta-feira. “Estávamos reformando o quartilho dela e ela estava muito ansiosa para vê-lo pronto. É uma menina justa, honesta, não faz nada de errado”, disse a mulher.

A garota retornaria ao Paraná para passar o tempo ao lados do pai e da madrasta em breve.

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