O Ministério da Infraestrutura autorizou no final da semana passada a construção de seis novos portos marítimos de uso privado (TUPs) no Brasil. Foram quatro licenças emitidas, uma delas para a implantação do Porto Guará, em Paranaguá, no litoral. O início das obras agora só depende da licença ambiental, que já foi solicitada ao Ibama.
O investimento previsto no Porto Guará é de R$ 5,6 bilhões com movimentação estimada nos primeiros anos de operação em 26,5 milhões de toneladas por ano. Na primeira fase da construção serão investidos R$ 1,9 bilhão, conforme informou Xênia Arnt, diretora da Companhia Porto Guará. O projeto também tem participação dos grupos Novo Oriente Participações e FAR.
Outro nome importante que integra a proposta é de Luiz Henrique Tessuti Dividino, que foi superintendente do Porto de Paranaguá por seis anos entre 2011 e 2017, durante a gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB). Com 30 anos de experiência, Dividino é consultor técnico do novo porto a ser construído no litoral paranaense.
A fase inicial de operações prevê a construção de terminais graneleiros ligados ao cais de atracação. Os terminais movimentação granéis sólidos para exportação, como soja, farelos, milho e açúcar, e granéis sólidos de importação – trigo, cevada, malte e fertilizantes. A previsão é que a inauguração aconteça entre 2025 e 2026.
Todo o complexo do Porto Guará foi planejado para execução em quatro fases. Os projetos já estão sendo trabalhados desde 2015 e vão atender a demanda logística do agronegócio, principalmente para ampliar a oferta de cargas ao mercado asiático. A estrutura também vai recuperar o portencial portuário do Paraná, perdido para Santa Catarina e São Paulo.
Serão gerados 3 mil empregos diretos, porém considerando a área de influência e atratividade para novas empresas na região, o potencial de geração de empregos é de quase 10 mil novos postos de trabalho em Paranaguá.
NAVIOS MAIORES
O diferencial do Porto Guará é que o terminal vai poder operar navios de maior porte e com o investimento em tecnologia, terá agilidade superior no carregamento e descarga de navios, caminhões e vagos de trem. A proposta também abrange um complexo logístico rodoferroviário, integrado ao complexo portuário, com pátio de caminhões e terminal de trens.
A área total onde o porto será construído tem 2 milhões de metros quadrados, dos quais 40% serão preservados. A área operacional ocupará 1,2 milhão de metros quadrados. Serão disponibilizados ainda 21 km de ferrovias permanente, formando assim a maior pera ferroviária (um pátio em formato circular para agilizar as operações) do Brasil.
Com o projeto em operação, os portos do Paraná devem ter a capacidade de movimentação elevada para mais de 80 milhões de toneladas ano.
Além do Porto Guará, outros terminais autorizados são os portos de Ponta das Pedras (PA), Santos (SP), Santarém (PA) e Manaus (AM). O investimento total previsto é de R$ 10,5 bilhões, sendo o mais massivo no Paraná.
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