CBF discute a demissão de Dorival Júnior após a derrota para a Argentina; Ancelotti volta à pauta

O treinador do Real Madrid e Filipe Luís, do Flamengo, aparecem como favoritos

Amanda Alves Vilas Boas
4 min de leitura
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Foto: Rafael Ribeiro/CBF Direitos Reservados

A pressão sobre o trabalho de Dorival Júnior atinge seu ponto mais alto após a goleada sofrida pela Seleção Brasileira, que perdeu por 4 a 1 para a Argentina, na terça-feira, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O debate sobre uma possível troca de comando na seleção está em pleno fervor dentro da CBF.

Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid e favorito do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para assumir o cargo no início deste ciclo, volta a ser uma opção considerada. Na CBF, há um dilema sobre o momento ideal para tomar a decisão, principalmente em relação à participação de possíveis substitutos de Dorival no Mundial de Clubes, previsto para acontecer entre junho e julho. A grande questão é: quando a decisão sobre a troca de treinador deve ser efetivamente tomada?

Após os empates de novembro, contra Venezuela e Uruguai, a Data Fifa de março despontou como decisiva na avaliação do trabalho de Dorival Júnior. Ednaldo, por sua vez, priorizou questões políticas e marcou o pleito que garantiu sua reeleição, no Rio de Janeiro, para a véspera do clássico com a Argentina. Quando questionado sobre o futuro de Dorival, o presidente da CBF se mostrou reativo e afirmou que, “até o momento”, a entidade segue respaldando a comissão técnica, se isentando de responsabilidade pelo desempenho ruim da equipe em campo. Sua declaração foi semelhante a outras que fez em ocasiões passadas.

Eu reitero, da parte da CBF, que tudo que é solicitado à administração, na pessoa do seu presidente, é disponibilizado. Tudo. O que for das melhores condições para os atletas, para a comissão técnica, enfim. Mas, também, o que eu coloco é que o resultado em campo, esse a gente não tem controle. Eu não tenho controle do resultado em campo.

O Mundial de Clubes é o principal obstáculo para uma decisão imediata. Carlo Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até meados de 2026, mas sua permanência em Madrid é considerada improvável após a competição de junho a julho deste ano, nos Estados Unidos. O técnico italiano revelou a pessoas próximas, desde a primeira abordagem, que vê o interesse do Brasil de forma positiva.

Outro nome que surge como alternativa é o de Filipe Luís, do Flamengo, que também estará no Mundial. Além dele, treinadores com menor aprovação interna na CBF neste momento, como Jorge Jesus, do Al-Hilal, e Abel Ferreira, do Palmeiras, também estão sendo considerados.

Essa situação abre a possibilidade de que a decisão seja tomada após a Data Fifa de junho, quando o Brasil enfrentará o Equador, fora de casa, e o Paraguai, como mandante. A continuidade do trabalho da comissão técnica, no entanto, não exclui a análise de fatores além dos resultados, com foco em uma performance considerada insatisfatória.

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