Na zona mista após a partida, Lucas Moura falou sobre a derrota para a Ponte Preta, ontem (19), pela 11ª rodada. Em entrevista, o atleta reconheceu a fase ruim do São Paulo, mas destacou que a equipe está trabalhando para reverter a situação.
Lucas analisou o desempenho da equipe, assumiu a responsabilidade junto com o elenco e garantiu que Zubeldía tem o apoio dos jogadores. O meia também afirmou que os salários atrasados não interferem no desempenho da equipe:
Primeiro ponto é que o Zubeldía tem o nosso apoio e nosso respaldo. A culpa é muito mais dos jogadores do que dele. Temos plena consciência que precisamos melhorar o quanto antes. Não é normal essa seqûencia de resultados negativos que estamos tendo e com o elenco que temos. Segundo ponto é que também não há desespero e não há crise, pois já estamos classificados, mas temos que ligar o sinal de alerta. Terceiro ponto é que não tem nada a ver com salários atrasados. Isso são coisas que iremos resolver internamente. Quando entramos em campo, queremos fazer o nosso melhor, queremos ganhar. É momento de falar menos e trabalhar mais, para podermos mudar esta situação e chegarmos bem nas fases decisivas.
O jogador também afirmou que a queda de rendimento não está relacionada à classificação já garantida e que a situação não deve ser comparada ao declínio do ano passado após as eliminações:
Acho que não tem nada a ver. É uma sequência ruim que começou quando nem estávamos classificados ainda. É um pouco diferente. Ainda precisamos garantir a primeira posição no grupo para jogarmos as quartas de finais em casa. Diferente do ano passado que já estávamos classificados (para a Libertadores), não brigávamos mais pelo Campeonato Brasileiro, era uma situação diferente. Temos plena convicção que precisamos melhorar. Não está legal.
Lucas também comentou sobre o movimento dos últimos dias envolvendo a questão do gramado sintético e elogiou a qualidade do gramado do Morumbis no jogo de ontem:
O gramado do Morumbis hoje é uma boa resposta pra quem diz que não é possível cuidar. O gramado hoje estava com uma qualidade muito boa. Tinham algumas partes que estavam com uma coloração diferente, mas a qualidade estava muito boa. Isso é uma prova que se tiver uma boa vontade e investimento, dá para cuidar do gramado.
Lucas reforçou que a discussão sobre o fim dos gramados sintéticos está atrelada à questões técnica, e não a lesões:
Vi muita gente que o nosso movimento é por conta de risco de lesão. Em nenhum momento falamos que a nossa briga é por isso. O nosso ponto é totalmente técnico. É sobre a dinâmica de jogo. O esporte é totalmente diferente em um gramado sintético. O futebol society é diferente do futebol de campo. O gramado sintético é totalmente diferente do natural. A dinâmica é outra. O esporte que jogamos é um campo de 60m por 100m e o gramado natural. A nossa briga é para termos gramados naturais de qualidade. Não podemos achar que por ter um gramado ruim, devemos resolver o problema com um gramado sintético. Tem que ter gramado natural bom.
Por fim, Lucas deixou um recado para a torcida e reconheceu a frustração dos torcedores com as vaias após a partida:
O torcedor é o nosso diferencial, a gente conta muito com o apoio deles, nos últimos anos eles nos carregaram. Sei que eles estão chateados pelo momento e pela sequência de resultados ruins. Vaiaram hoje e estão totalmente certos, jogamos um futebol muito abaixo do que somos capaz. Mas contamos com o apoio deles nessa fase decisiva do Paulistão, é o nosso 12º jogador. Que xinguem quando tiver que xingar, mas que nunca deixem de nos apoiar, precisamos muito deles.
O São Paulo volta a campo no domingo, às 18h30 (de Brasília), quando enfrenta o São Bernardo fora de casa, pela 12ª rodada do Paulistão.