O jogador Caio Paulista, do Palmeiras, encontra-se no centro de uma polêmica após ser acusado de agressão física por sua ex-mulher, Clara Monteiro. A denúncia, que inclui imagens de lesões, foi feita nas redes sociais no último sábado (14).
Diante da gravidade das acusações e da divulgação das imagens, a expectativa era de que o clube adotasse medidas mais enérgicas, como o afastamento do jogador enquanto as investigações estivessem em curso. No entanto, Caio Paulista segue treinando e jogando normalmente pelo Palmeiras.
A decisão do clube de manter o jogador em atividade gerou críticas e questionamentos, principalmente após a presidente Leila Pereira ter adotado uma postura mais rígida em casos semelhantes no passado. Em setembro deste ano, a mandatária suspendeu um conselheiro vitalício acusado de assédio sexual, mesmo com as investigações ainda em andamento.
O Palmeiras justifica sua decisão de manter Caio Paulista no elenco alegando que aguarda o resultado das investigações policiais e que não há provas suficientes para tomar medidas mais drásticas nesse momento. O clube também destaca que se baseia em seus “valores inegociáveis” e que tomará as medidas cabíveis caso as investigações confirmem as acusações.
Comparativo entre os casos
A diferença de tratamento entre os casos de Caio Paulista e do conselheiro acusado de assédio tem gerado debates entre membros do Conselho Deliberativo do Palmeiras. Enquanto no caso do conselheiro, a presidente Leila Pereira agiu de forma rápida e decisiva, no caso de Caio Paulista, a postura tem sido mais cautelosa e aguardando o desenrolar das investigações.
A defesa de Caio Paulista nega veementemente as acusações e alega que as imagens divulgadas não são provas suficientes de agressão. O jogador já prestou depoimento à polícia e se coloca à disposição para colaborar com as investigações.
O caso Dudu como precedente
Outro caso que serve como parâmetro para a análise da situação é o do jogador Dudu, que em 2020 foi acusado de violência doméstica por sua ex-mulher. Na ocasião, o Palmeiras decidiu manter o jogador no elenco após as investigações concluírem que não havia provas suficientes para condená-lo.
Entenda o caso Caio Paulista
Em uma série de postagens nas redes sociais realizadas no sábado (14), Clara Monteiro divulgou imagens de lesões e hematomas que alega terem sido causados por Caio Paulista. As marcas estão no rosto, nas pernas e nas costelas de Clara.
Na quarta-feira (18), Clara fez um Boletim de Ocorrência na 1ª DMM, citando o jogador nominalmente algo que, segundo seu advogado, ela não fez na época das agressões por medo de retaliação.
Próximos passos
As investigações policiais sobre o caso estão em andamento e devem definir o futuro de Caio Paulista no Palmeiras. A decisão da Justiça e o resultado das investigações terão um impacto significativo na carreira do jogador e na imagem do clube.