A Justiça Federal do Paraná acolheu o pedido da força-tarefa Lava Jato de bloqueio de bens e ativos financeiros de investigados na operação Piloto. A acusação do Ministério Público Federal, denunciou Beto Richa, Ezequias Moreira, Pepe Richa, Luiz Abi Antoun, Dirceu Pupo Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller pela prática, ao longo de 2014, dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude licitatória e lavagem de dinheiro, relacionadas à licitação para exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do Paraná.
Além do bloqueio de R$ 20 milhões do ex-governador Beto Richa, o despacho prevê a indisponibilidade de bens imóveis e de veículos e o sequestro de parte de imóvel citado no esquema de corrupção. As mesmas medidas, com valores proporcionais, foram aplicadas aos outros réus.
A operação Piloto foi deflagrada em setembro de 2018, a partir do conteúdo de depoimentos de colaboradores ligados ao grupo Odebrecht, que revelaram esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina visando o favorecimento do consórcio liderado pela Odebrecht na licitação de concessão da PR-323. Esses pagamentos teriam sido operacionalizados pelo Setor de Operações Estruturadas da empresa em favor do codinome “Piloto”, identificado como sendo o ex-governador Beto Richa.
Richa também é réu em outros dois processos pelo crime de lavagem de dinheiro proveniente de propinas do pedágio e de outros esquemas de corrupção em seu governo.
Com informações do MPF