A ofensa faz parte da democracia? O debate público promovido em frente à Câmara Municipal de Paranaguá pelos candidatos a prefeito pode ter significado o triunfo ou a penúria dos principais concorrentes nessas eleições.
O episódio que deveria ser histórico, se tornou lamentável a partir do momento que se observou a prepotência e a arrogância nos candidatos. Alceuzinho Maron foi o protagonista desse episódio, quando infelizmente, baixou o nível do diálogo literalmente, xingando e ofendendo um de seus oponentes.
Aos berros e em cima de um trio elétrico, Alceuzinho escancarava “boca torta, boca mole, frouxo, pastel de vento!” e revelou apenas o seu ódio, ao invés de ideais que trouxessem esperança para Paranaguá. A impressão que deu era que o único objetivo dele estava focado em “destruir” moralmente o seu oponente – expondo afirmações no mínimo duvidosas – de que ele seria preso pela Polícia Federal caso fosse eleito.
Claro, é natural que durante as eleições hajam críticas entre os concorrentes, a modo de melhor convencer o eleitorado como a melhor opção para a cidade. Mas o que Alceuzinho fez não deve ser exemplo para nenhum político. Estamos em pleno século 21 e somos seres humanos suficientemente racionais, para que nossas diferenças sejam resolvidas em um diálogo inteligente e proveitoso, não em ofensas morais.
Ofensa moral.
É só isso que se observou. Xingar e humilhar outra pessoa, independente de sua opinião ou posição política, deveria ser repudiado por todos. As palavras de Alceuzinho revelaram apenas o preconceito de um candidato que quer administrar uma cidade para todos os seus cidadãos.
Logo Alceu, filho de um ex-vereador, ex-deputado estadual e com o título de advogado, se submeter a baixar o nível desse jeito, a ponto de deixar transparecer seu rancor que se convertido em palavras, virou desespero.
Depois do dia 02 a vida deve voltar ao normal. Mas é indispensável que esse triste episódio seja banido das nossas próximas escolhas para a cidade. Que permaneça apenas a democracia e o enfrentamento saudável.
O chapéu no entanto merece ser tirado para quem manteve o mínimo de nível no evento. Professor Hermes foi um destaque, falando de sua participação no pleito, e como fez sua campanha com poucos recursos – ele levou propostas, dialogou com os presentes – e não tinha ninguém para segurar sua bandeira ou gritar seu nome.
Veja o vídeo: