CURITIBA, PR
Diário do Estado | Atualização 07h28
O avião que transportava a equipe do time catarinense Chapecoense para a Colômbia, se acidentou no início da madrugada desta terça-feira (29) em uma região montanhosa e de difícil acesso nos arredores de Medellín. O comandente da Polícia de Antioquia José Acevedo Ossa confirmou a morte de 75 pessoas.
O último contato da aeronave com a torre de controle foi registrado por volta das 22h local, ou 1h da manhã pelo horário de Brasília, na sequência o aparelho teria sumido do radar. De acordo com a autoridade aérea colombiana 82 passageiros, sendo 9 tripulantes estavam no avião RJ85 da LaMia Linhas Aéreas.
Segundo informou a rede de TV Caracol, o avião sobrevoava as cidades de La Ceja e Abejorral quando caiu.

Vários socorristas se dirigiram ao local para atender o acidente e dois helicópteros da Força Aérea Colombiana foram mobilizados para ajudar no resgate de feridos. Um centro de operações foi preparado pela Aviação Civil no Aeroporto José Maria Córdova. Seis pessoas foram resgatadas com vida, sendo três jogadores, o lateral Alan Ruschel e os goleiros Danilo e Follmann. Entre os sobreviventes também está uma aeromoça e um radialista. Uma das vítimas no entanto morreu a caminho do hospital.
Segundo relatos da imprensa colombiana, a aeronave partiu em três com a força do imacto na queda.
O voo da LaMia em que estava a delegação do Chapecoense partiu de São Paulo na noite desta segunda-feira (28) e chegou a fazer escala em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O time iria enfrentar o Altético Nacional, na primeira partida da final da Copa Sul-Americana. O jogo estava marcado para esta quarta-feira (30) e foi cancelado pelo Conselho Sul-Americano de Futebol (Comenbol).

Por meio do Twitter, o Atlético Nacional lamentou o acidente e diz que aguarda informações das autoridades.
Nacional lamenta profundamente y se solidariza con @chapecoensereal por el accidente ocurrido y espera información de las autoridades.
— Atlético Nacional (@nacionaloficial) 29 de novembro de 2016
Os jogadores da equipe do Chapecoense de Santa Catarina são os goleiros Danilo e Follmann; os laterais Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo; os zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco; os meias Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
Mortos
A autoridade aérea colombiana não tem novas informações sobre a identificação das vítimas fatais. O que se sabe é que além dos jogadores, membros da diretoria e jornalistas estavam no avião para a cobertura do jogo.

A aeronave era ocupada por pelo menos 17 jornalistas que integravam quipes de reportagem do jornal Diário Catarinense e das redes RBSTV e TV Globo, além de repórteres de outros veículos de comunicação. Umas das vítimas eram o repórter Guilherme Marques do SporTV / Rede Globo e também o presidente da Federação Catarinense de Futebol Delfim de Pádua Peixoto Filho.
O radialista Rafael Henzen, da rádio Oeste Capital FM teria sido o único membro da imprensa resgatado com vida, de acordo com o site da emissora local Tele Medellín.
Governo de Santa Catarina lamenta
Em nota, o governador catarinense Raimundo Colombo lamentou a tragédia e prestou solidariedade aos familiares das vítimas. Em todo o estado há manifestação de constenrnação com a notícia do desastre.
O Chapecoense, time que representa o maior orgulho do futebol regional de Santa Catarina, disputaria pela primeira vez um título tão importante no campeonato Sul Americano. Pelas redes sociais, torcedores e amigos do clube demonstraram-se chocados com a confirmação das vítimas.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que estava em São Paulo para embarcar no voo havia decido de última hora remarcar a viajem para a tarde desta terça-feira (29). Ele deu entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, durante a manhã.


