LONDRINA, PR – Quando saiu de São Paulo, onde estava sob os cuidados do policial Elvis Fantoni e sua esposa o pequeno Luiz Miguel, à época com 1 ano e meio, era uma criança saudável e feliz. Os vídeos guardados com carinho pelo cabo da PM servem como lembrança do menino, que morreu engasgado com sopa na última segunda-feira (05) na casa da mãe, Jhenifer Souza e Silva, de 28 anos, moradora da zona norte de Londrina.
A mulher é suspeita de maltratar o menino, e relatos de testemunhas anônimas revelam que ela batia no menor. Em entrevista a um programa de TV local Jhenifer negou as suspeitas e disse que amava seu filho assim como os outros dois que possui. Porém o caso ganhou novo episódio na terça-feira (06) quando o 24H revelou que a mulher não tinha a guarda de Luiz Miguel e estava em Londrina com a criança sem autorização do pai, que mora em SP.
A reportagem ouviu vários lados da família, que apresentaram versões divergentes para a situação. Um dos depoimentos partiu da avó materna do garoto, que pediu para não ser identificada dessa vez. Ela havia conversado com nossa equipe e defendeu a filha em um primeiro momento, alegando que havia chegado de São Paulo para o enterro do neto e conversado com Jhenifer, que relatou que toda a situação foi acidental.
Porém, nesta quarta-feira uma nova revelação partiu da avó: Jhenifer batia em Luiz Miguel, e ocultou dela essa informação. Com uma fonte próxima, o 24H conseguiu mais detalhes sobre o caso, inclusive uma imagem que mostra a criança poucos dias antes da fatalidade, apresentando vários hematomas e desnutrição.
Até mesmo um diálogo entre Jhenifer e a avó foi obtido pela equipe. Nesse diálogo, a mulher diz para a mãe que Luiz Miguel havia morrido, e que ela iria presa por conta dos ‘machucados’. Ao ser questionada se ela bateu no filho até ele morrer, Jhenifer apenas rebateu: ‘Não mãe’.
Porém a própria avó do garoto estranhou o fato da filha não permitir que o caixão fosse aberto. Todo velório de Luiz Miguel aconteceu com o caixão lacrado e sob a vigia constante da filha, que já acumula um boletim de ocorrência em 2015 lavrado pelo pai, Rafael Moreira Rodrigues, que a acusa de abandonar o filho sob a afirmação de que ‘ela não tinha amor materno pelo bebê’, que acabara de completar 22 dias de vida à época.
O OUTRO LADO
Conforme o policial Elvis Fantoni, lotado em São Paulo, em um dos diálogos entre a mãe e Jhenifer, ela sugere que fugiria de Londrina após receber ameaças. O 24H tenta contato com ela desde às 17h desta quarta-feira (07), no entanto Jhenifer não foi localizada para dar sua versão.
O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente foi informado sobre as atualizações do caso. Os documentos estão sob os cuidados da delegada Lívia Pini.
Ainda sobre a morte do menino, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) informa que a causa do falecimento foi de fato por asfixia (obstrução de vias aéreas).