
A passagem do ex-presidente Lula por Curitiba para um novo depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (13), trouxe um clima atípico para a cidade, normalmente fria; O calor elevou a temperatura para perto dos 30°C.
Nos arredores da praça Generoso Marques, no centro da cidade, se concentraram a presença dos seus apoiadores. A maioria, pessoas vindas de outras cidades, integrantes de centrais sindicais e outros movimentos, em especial, os Sem-Terra (MST) e a UNE.
Havia de tudo: Desde o falado “pão com mortadela” a até espetinhos e caixas de isopor, onde eram transportados os mais variados tipos de bebidas e alimentos.

O clima de festa e a música rolando no trio elétrico, alugado pela bagatela de R$ 15 mil para o evento, claro, pedia cerveja.
Muita cerveja.
Para onde se olhava, estavam os manifestantes com uma latinha na mão. Se elas não estavam na mão, estavam no chão… Se não estavam no chão, estavam na mesa da cantina improvisada Partido Causa Operária, onde era possível comprar uma Coca-Cola por R$ 4 ou tomar uma dose da cachaça 51 por R$ 3.
E se a fome bater, porque não um X-Pernil por R$ 10?

A festa era deles. Tava tudo dominado. Enquanto isso, não muito longe dali, trabalhadores do comércio assistiam tudo sem entender. O som estourado do microfone não permitia que uma só palavra saísse audível, exceto gritos de guerra, entoados a todo momento com euforia pelos protestantes.
Alguns balançando a bandeira do PT. Outros, a latinha de Skol. Todos esperando a palavra do Lula para um comício que mais parecia o show da Ivete Sangalo.
Isso tudo, em uma tarde ensolarada de quarta-feira, dia útil, em pleno horário comercial.