Londrina deixará de investir pelo menos R$ 30,7 milhões em 2017. A ordem partiu do prefeito Marcelo Belinati (PP) que decretou a medida de austeridade por conta do déficit deste ano previsto para chegar a R$ 120 milhões.
Segundo publicado em edição desta sexta do jornal Folha de Londrina, o foco do corte serão nos recursos livres da Administração Direta e Indireta do município. A Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Social não serão afetadas pelo corte, segundo a prefeitura, mas no entanto, todos os gastos destas pastas devem passar pela análise do executivo.
O corte no orçamento representa 40% dos custos com administração e 100% nos investimentos públicos. Isso significa que a prefeitura de Londrina, independente da aprovação da câmara municipal, pode atrasar ou até mesmo não executar a programação prevista na Lei Orçamentária, por conta da falta de dinheiro nos cofres públicos.
Segundo Belinati, a medida foi justificada no déficit de R$ 120 milhões previsto para este ano, utilizando como metodologia a projeção de números, que apontam um crescimento maior nas despesas em relação às receitas da cidade. Mesmo assim, o valor a ser cortado não chega a cobrir 30% do valor do rombo financeiro.
“Muitas outras medidas serão adotadas. Os caminhos serão dolorosos, mas necessários”, disse o prefeito anunciando medidas impopulares que ainda serão tomadas pelo seu governo em relação ao que é classificado por ele mesmo como a “pior crise” da história da cidade.
Marcelo Belinati não deu detalhes de quais seriam as medidas “dolorosas” que sua equipe de gestão estaria pensando em seguir, mas afirmou que irá enviar projetos de lei para o legislativo assim que a câmara retornar as sessões, previstas para semana que vem.
IPTU e passe livre
De acordo com informações levantadas pelo Diário24H junto a pessoas próximas ao governo, as medidas de Belinati podem ter relação com o IPTU e alterações na lei do passe livre estudantil. Ele teria se aconselhado com políticos sobre os assunto.
Uma das queixas do prefeito, também alfineta a administração anterior de Alexandre Kireeff. Segundo Belinati, o orçamento para este ano aprovado em 2016, diminuiu os repasses para vários órgãos municipais, como por exemplo a CMTU que no ano passado teve R$ 45 milhões em caixa e este ano receberá R$ 36 milhões.
O prefeito ainda concluiu que irá buscar parcerias com os governos estadual e federal para arrecadar dinheiro para sanar as dificuldades apontadas por ele.
