Cerca de 100 pessoas participaram de um protesto contra a morte de um homem negro na frente do Carrefour na região da Gleba Palhano, em Londrina. O protesto aconteceu na noite desta sexta-feira (20) em Londrina e em várias outras cidades do Brasil.
Os manifestantes estenderam faixas e gritaram palavras de ordem por causa do assassinado de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, espancado até a morte na quinta-feira por seguranças do Carrefour em Porto Alegre (RS).
As agressões foram filmadas por câmeras de segurança e rapidamente circularam as redes sociais, provocando reações contrárias de personalidades, políticos e artistas.

O protesto em Londrina também fazia referência ao Dia da Consciência Negra, comemorado nesta sexta-feira (20). Participaram vários movimentos sociais, além de entidades sindicais da cidade. O ato também pediu por justiça no caso da morte de João.
DEPREDAÇÃO
Em algumas cidades, chegou a acontecer a depredação dos mercados, como em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em Londrina, alguns manifestantes picharam a porta da unidade, mas não houve maiores danos como no sudeste.
Em nota, o Carrefour disse que tomou as providências e encerrou o contrato com a empresa terceirizada responsável pela segurança do supermercado. A empresa, por sua vez, disse que desligou os funcionários.
A Polícia do Rio Grande do Sul prendeu os dois homens brancos acusados pela morte. São eles Magno Braz Borges, de 30 anos, e o policial militar temporário Giovani Gaspar da Silva, de 24 anos. Eles seguem à disposição da Justiça.