CURITIBA – O juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, intimou a Polícia Federal para que informe as razões do ex-governador Beto Richa (PSDB) estar preso no Regimento de Polícia Montada, unidade da Polícia Militar (PM), no bairro Tarumã, em Curitiba.
Richa foi levado da Superintendência da PF para o local no mesmo dia em que foi preso, na última sexta-feira (25). O prazo para resposta termina na quarta-feira (30), às 14h. O juiz também enviou intimação ao Ministério Público Federal (MPF) para se manifestar sobre o assunto em até dois dias.
O MPF já havia questionado o fato de Beto não estar na sede da PF ou no Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Geralmente, é para lá que vão os presos nas operações vinculadas à Lava Jato. Após o questionamento, o juiz afirmou ainda que esta era uma decisão que caberia à autoridade policial.
Na última segunda-feira (28), a PM enviou ofício à Justiça Federal, relatando que a guarda e vigilância dos detentos não é uma missão fundamental da unidade e que foi preciso alocar um policial a mais por dia na guarda do quartel.
Richa está acomodado no alojando para oficiais mulheres, que é um ‘espaço de pequenas dimensões que dispõe de beliche e de um precário banheiro‘.
O documento da polícia também explica que o ex-governador faz as refeições, recebe visitas e advogados no refeitório da unidade, em um horário diferente do utilizado pelos policiais.
Em 2018, quando foi preso pelo Gaeco no mês de setembro, ele também ficou os quatro dias da prisão no Regimento de Polícia Montada.