PARANÁ – Deputado federal licenciado e chefe da Casa Civil do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB-PR) foi denunciado por peculato, nesta terça-feira (27), pela Procuradoria-Geral da República (PRG).
De acordo com a PRG, Rossoni nomeou servidores fantasmas para seu gabinete, entre 2003 e 2011, quando era deputado estadual. Outros três foram denunciados na ação.
Na denúncia, Raquel Dodge, procuradora-geral da República, afirmou que Rossoni nomeava, para cargos comissionados, pessoas que não tinham conhecimento da designação, que não prestavam serviço à Assembleia e familiares que não exerciam as funções.
Segundo Raquel, os que efetivamente trabalhavam entregavam parte do salário ao parlamentar via intermediários. Havia também os que prestavam serviços particulares ao deputado e eram remunerados por meio dos cargos comissionados mesmo sem exercê-los.
Na peça, a procuradora explica que “Valdir Rossoni era responsável pela assinatura dos termos de nomeação e de exoneração de todos os servidores comissionados ou não, designados para trabalhar em seu gabinete parlamentar no período descrito na denúncia, inclusive notadamente os que são objeto das práticas ilícitas ora narradas e que proporcionaram o desvio de vultosos recursos públicos”.
A PGR pede a condenação dos envolvidos e a reparação dos danos financeiros acrescidos de juros e correção monetária. Em caso de condenação, pede também a perda da função pública para os que têm cargos e serviços públicos ou mandado eletivo, como Rossoni.
O OUTRO LADO
A assessoria de imprensa do advogado de Rossoni, José Cid Campelo Filho, afirmou, em nota, que o deputado não teve oportunidade de defender-se e que é “lamentável” que o Ministério Público Federal (MPF) tenha divulgado a denúncia.
Confira a nota na íntegra:
“Lamentável a divulgação pelo MPF de uma denúncia apresentada sem que Valdir Rossoni tenha tido oportunidade defesa. Na oportunidade própria, vamos apresentar a defesa se a denúncia for recebida pelo Supremo, o que não se espera. Além disso, vamos ajuizar ação de indenização contra a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por divulgar denúncia sem ter dado a mínima oportunidade de defesa ou mesmo esperar que a denúncia fosse recebida pelo Supremo.”
(Via G1)
