O apresentador de televisão e ex-deputado estadual Roberto Aciolli (PV), quer voltar a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Curitiba. Ele disputa as eleições na capital pelo Partido Verde, e atualmente tem o filho, o também apresentador Cristiano Santos, como ocupante do cargo de vereador. Nessas eleições, Santos pretende se afastar da política e se dedicar à TV, enquanto o pai volta aos cenário.

A história de Aciolli no entanto guarda marcas de um passado que ele quer esquecer, mas que não saem de sua vida cotidiana. O apresentador, que sempre comprou seus horários nas TVs de Curitiba, teve seu contrato com a Rede CNT negado após a condenação por homicídio.

Roberto Aciolli respondia pelo assassinato de um engraxate em 1999 com um tiro na nuca. Ele sempre negava essa versão e dizia que a vitima havia tentado assaltar a loja de sua esposa, o que nunca ficou provado por ele. Pelo contrário, a Justiça fixou pena de 5 anos de prisão, mas por conta do tempo do crime, Aciolli acabou permanecendo em liberdade.

O ex-deputado estadual, que já viveu tempos de glória na TV de Curitiba, perdeu credibilidade quando foi envolvido em escândalos de corrupção durante seu mandato. Ele também já foi vereador na capital, e foi investigado por desvios de dinheiro. Em 2016, Aciolli chegou a ser condenado pelo TCE-PR junto com outros 14 ex-vereadores e devolverem cerca de R$ 76 milhões da Câmara.

Seu programa, na Rede CNT, rendeu dezenas de processos contra a emissora, a maioria por calúnia e difamação. Aciolli usava seu espaço para atacar desafetos e caluniar a imagem de quem ia contra ele. Alguns relatos ainda dão conta de que Aciolli por algumas vezes reproduziu reportagens negativas contra pessoas, por interesses políticos.