O boletim divulgado nesta terça-feira (07) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma 102.247 casos de dengue no Paraná, com aumento de 14.527 casos em relação à semana anterior. São mais nove óbitos confirmados, elevando para 78 o número de mortes. A contabilização refere-se ao monitoramento iniciado em agosto de 2019 e que segue até julho deste ano.
“Estamos vivendo um momento de isolamento social, as pessoas estão passando a maior parte do tempo em casa. Por isso, reforçamos nosso pedido para que todos contribuam com uma verificação detalhada nos quintais e nos ambientes internos das residências para eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. É uma questão de responsabilidade social”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ele alerta que o Estado está em situação de epidemia por dengue e que há também a pandemia de coronavírus. “Precisamos aplicar todas as medidas preventivas para as duas infecções, e no caso da dengue já esta comprovado que a retirada dos focos é a melhor alternativa”, complementou.
ELIMINAÇÃO
Nas 37 cidades em que a secretaria estadual da Saúde promoveu mutirões para retirada mecância dos criadouros a taxa de incidência da dengue foi reduzida. As ações foram coordenadas pelo Comitê Intersetorial de Controle da Dengue no Paraná e, em alguns municípios, contou com a participação de militares estaduais, representantes regionais da Defesa Civil e de soldados do Exército, além dos agentes da Vigilância Ambiental dos municípios.
Quinta do Sol, no Centro-Oeste do Estado, tinha uma taxa de incidência de 17 mil casos por 100 mil habitantes. Nas últimas quatro semanas essa proporção caiu para 323 casos por 100 mil habitantes.
Em Barbosa Ferraz, também no Centro-Oeste, a incidência era de 11.183 mil casos por 100 mil habitantes. Após o mutirão foi constatada redução para 1.279 casos por 100 mil habitantes.
Em Guaíra, a incidência baixou para 124 casos por 100 mil habitantes. Antes da retirada mecânica dos criadouros a taxa era de 5.755 mil casos, proprocionalmente.
Outro resultado positivo, considerado ideal, foi constatado em outras sete cidades. Nova Cantu, Cruzeiro do Sul, Guairaçá, Inajá, Nova Aliança do Ivaí, Santo Antonio do Caiuá e Lupionópolis, que registravam altas taxas de incidência epidêmica acumulada no período, não apresentaram casos de dengue autóctones nas últimas quatro semanas, ou seja, zeraram a incidência neste período de análise.
INFORME
Os nove óbitos que estavam em investigação e foram confirmados neste boletim ocorreram registrados nos seguintes municípios: 2 óbitos em Cianorte (duas mulheres, sem comorbidades, uma de 50 anos e outra de 39); 2 óbitos em Toledo (uma mulher de 88 anos, com quadro de hipertensão, e um homem de 80 anos, com quadro de hipertensão e insuficiência cardíaca); um óbito em Londrina (mulher de 89 anos, com insuficiência renal crônica); um óbito em Ivaiporã (mulher de 37 anos, com sequela de paralisia cerebral); um óbito em Rolândia (homem de 51 anos, sem comorbidade); um óbito em Nova Aurora (homem de 59 anos, sem comorbidade), e um óbito em Santo Antonio da Platina (uma jovem de 15 anos, também sem histórico de doença pré-existente).
*AEN