Estudante é demitido e suspenso de universidade após gravar vídeo racista em Londrina

Redação
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LONDRINA – Um vídeo que circula pelas redes sociais tem gerado revolta e polêmica em Londrina. A gravação foi feita no último domingo (29) pelo estudante de direito Pedro Baleotti, que enquanto dirigia, afirmava que estava indo votar “armado” e que “estava louco para matar um vagabundo de camiseta vermelha”.  Na mesma gravação, Baleotti também ofende os negros.

Trajando uma camiseta com a foto de Jair Bolsonaro, o estudante afirma: “indo votar… com arma, faca, pistola e o diabo. Louco pra ver um vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo. Tá vendo essa negraiada aí? Vai morrer, vai morrer! Aqui é capitão!”, e encerra a filmagem mencionando um palavrão.

O estudante não foi localizado para se defender; Ele excluiu todas as suas redes sociais após a divulgação do vídeo, e seu telefone está desligado.

Ele era estagiário de um escritório de advogacia em São Paulo. Em sua página oficial, o escritório confirmou que o Baleotti, de 25 anos, foi demitido na tarde de segunda-feira. O escritório ainda rechaçou as declarações do acadêmico, afirmando que a empresa repudia veementemente qualquer manifestação que viole direitos e garantias estabelecidas na Constituição Federal.


SUSPENSÃO

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, disse por sua vez que abriu processo disciplinar e suspendeu, preventivamente, o aluno das atividades acadêmicas. “Tais opiniões e atitudes são veementemente repudiadas por nossa Instituição que, de imediato, instaurou processo disciplinar, aplicando preventivamente a suspensão do discente das atividades acadêmicas. Iniciou, paralelamente, sindicância para apuração e aplicação das sanções cabíveis, conforme dispõe o Código de Decoro Acadêmico da Universidade.”

A polêmica também levantou questionamentos do Coletivo Negro Afromack, grupo que representa os negros na Mackenzie. O coletivo afirma que “o discurso desse aluno representa perigo a nós, alunos negros do Mackenzie, mas não somente a nós, representa perigo a todo e qualquer negro. É nítido o racismo e a repulsa que esse aluno sente de nós, negros, visto que o mesmo se refere a nós como “negraiada”.

Alunos da instituição marcaram um protesto para noite desta terça-feira (30), às 19h, em frente a universidade.

“É preciso abrir os olhos pois nossa liberdade fundamental de vida está sendo ainda mais colocada em jogo com tais atitudes. Hoje é uma fala, amanhã pode ser um de nós mortos. Jamais nos esqueçamos de Marielle Franco. Nós estaremos do lado da vida, da luta por direitos e de uma sociedade antirracista”, acrescenta a nota.

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