Estudante é preso com arsenal do tráfico no Rio Grande do Sul

Derick Fernandes
3 min de leitura
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O INFORMATIVO
RIO GRANDE DO SUL

Um estudante universitário de 26 anos foi preso em uma operação da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) na manhã de sexta-feira (27), em uma residência onde foi encontrado um arsenal de fuzis, pistolas, munições e acessórios para armamento. A Polícia Civil estima que o material bélico tenha valor aproximado de R$ 3 milhões, e a ação tenha desestabilizado um dos principais grupos criminosos relacionados ao tráfico de drogas nos vales do Rio Pardo e Taquari.

O local era alvo de investigação há pelo menos seis meses, e um dos delegados responsáveis pela ação, Luciano Menezes, afirma que nem a polícia esperava encontrar tantas armas. “É a maior apreensão de armas da história no Rio Grande do Sul em termos de qualidade e quantidade de armamento”, diz.

Segundo o delegado, o homem recebia R$ 10 mil mensais para guarnecer os equipamentos, que estavam escondidos no forro da casa. Por saber que as investigações eram direcionadas a determinados pontos do Bairro Bom Jesus, a estratégia dos criminosos foi esconder as armas em local que não despertasse suspeitas. Os fuzis de guerra teriam ingressado no Brasil pelo Paraguai e, conforme Menezes, os bandidos faziam cursos com especialistas bolivianos para aprender a manuseá-los.

Há cerca de quatro anos a polícia começou a investigar o grupo, quando foram registradas as primeiras movimentações da facção criminosa em Santa Cruz do Sul. O delegado conta, ainda, que as armas provavelmente foram utilizadas em atentados contra exploradores de jogos de azar, como jogo do bicho, na cidade. “A facção utilizava essas armas para amedrontar a comunidade e intimidar os inimigos. Sabemos que o arsenal aumenta proporcionalmente ao lucro do tráfico de drogas”. Foram apreendidos pelo menos 15 fuzis, mais de 20 pistolas, carregadores, munições de fuzil e pistola e outros acessórios.

CRIME HEDIONDO

Na quinta-feira (26), o presidente Michel Temer confirmou a sanção da lei que torna crime hediondo a posse, o porte ilegal, o tráfico e a comercialização de arma de fogo de uso restrito das Forças Armadas. Entre os armamentos considerados pela legislação estão fuzis, metralhadoras e determinadas pistolas e carabinas de uso restrito. A pena para o crime hediondo deve ser cumprida inicialmente em regime fechado e a progressão de regime é possível apenas após o cumprimento de dois quintos da pena, em caso de réu primário, e de três quintos em caso de réu reincidente.

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