Falsos acordos trabalhistas lesaram funcionários da ALL

Derick Fernandes
3 min de leitura
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Foto: Arquivo

Trabalhadores da concessionária de ferrovias América Latina Logística (ALL) teriam sido lesados em R$ 27 milhões vítimas de falsos acordos trabalhistas no Paraná.

Segundo a Polícia Federal, entre 2011 e 2012 advogados da empresa e advogados do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias combinaram acordos na Justiça do Trabalho. Essa maracutaia fez com que os funcionários tivessem prejuízo em mais de 600 ações.

A empresa Rumo ALL, concessionária de ferrovias e terminais portuários, que em 2015 assumiu a ALL, foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (14). Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Curitiba.

A operação investiga a prática de reclamações trabalhistas simuladas na Vara do Trabalho de Irati, a 150 quilômetros de Curitiba, envolvendo a empresa, o sindicato e os advogados.

De acordo com o delegado José Roberto Peres, da Polícia Federal, os acordos trabalhistas fraudados fizeram com que os trabalhadores recebessem R$ 4,5 mil quando poderiam receber até R$ 50 mil.

Os fraudadores se valiam da inocência dos trabalhadores e do desconhecimento jurídico deles. Muitas vezes nem mesmo os valores baixos eram depositados nas contas de quem havia movido a ação.

A operação deflagrada pela Polícia Federal levou o nome de “Avidya” que em sânscrito, antigo dialeto da Índia significa “ignorância, falta de discernimento” – incapacidade de compreender situações, de separar o certo do erradop

O outro lado

Em nota, a Rumo informa que a operação realizada na última terça-feira, dia 14 de março, na sede da Companhia em Curitiba refere-se à busca de informações relacionadas aos acordos em ações trabalhistas realizados entre 2011 e 2012 e devidamente homologados na Justiça do Trabalho.

O Ministério Público do Trabalho, discordando dessa homologação, move ações rescisórias na Justiça do Trabalho que ainda não tiveram seu julgamento definitivo.

A Rumo esclareceu ainda, que assumiu o controle da Companhia em abril de 2015, após a fusão entre a ALL e a Rumo – três anos depois dos fatos que agora estão sendo apurados.

A Companhia reforça que está colaborando com as autoridades e prestando todas as informações solicitadas.

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