O paraibano Everaldo Germano, que não tinha informações do pai há mais de 30 anos, o reencontrou neste sábado (15) em Bertioga, litoral de São Paulo, após publicar uma foto, ajustada por aplicativo nas redes sociais. Na foto, Geraldo Serafim do Nascimento tinha 20 anos e em outro editor que envelhece as imagens, Everaldo simulou como o pai estaria atualmente.
“O que me marcou foi o abraço que ele deu. Quando perguntei se ele tinha irmão, ele disse o nome, e quando perguntei o nome dos filhos, ele falou de todos nós. O rapaz [que acompanhava o idoso] falou que eu era o filho mais velho, ele largou tudo que estava na mão e me abraçou. Nunca tive um abraço igual a esse, um abraço de um pai que sentiu a ausência do filho por anos”, descreveu Everaldo.
A família já não tinha esperanças de encontrar o pai, que era dado como morto, porém a esposa de Everaldo, Eliana Almeida, de 48 anos, persistiu e retomou a procura após descobrir que não havia atestado de óbito do sogro.
A separação de Geraldo e a mãe de Everaldo fez com que a família tomasse rumos diferentes, o pai foi morar em Guarujá e a mãe quis ir para o Rio de Janeiro e deu todos os filhos para parentes próximos cuidarem. A última visita de Geraldo foi quando o filho mais velho tinha 14 anos de idade.
As imagens circularam nas redes sociais até chegarem a Bertioga. Nesse período, a família tinha feito contato com diversas pessoas do litoral tentando alguma pista do que teria ocorrido. Em uma postagem eles tiveram alcance e conseguiram contato com pessoas que conheciam o idoso, marcando um encontro surpresa.

“Em pouco tempo, tinha muitas visualizações e muitas pessoas falaram que o conheciam por apelidos, que ele era bem conhecido. Marcamos em poucos dias, e eu pude presenciar o abraço mais sincero da minha vida”, diz Eliana, emocionada.
O casal agora pretende ajudar o idoso e levá-lo para casa por um tempo, no dia do reencontro Geraldo foi levado para almoçar e cortar o cabelo. Everaldo se diz emocionado com a humildade do homem e quer deixar o passado para trás e viver perto de seu pai.
“Se depender da gente, vamos dar todo o apoio. Não vamos ficar vivendo de passado, vamos viver daqui pra frente, tirar o atraso daquilo que a gente não pôde ter, de convivência, de abraço”, disse o filho.