LONDRINA, PR – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está investigando um esquema de corrupção que envolve fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Londrina (Sema). Os detalhes sobre o caso foram expostos na manhã desta quarta-feira (18) pelo promotor Leandro Antunes durante entrevista coletiva.
Ainda durante a manhã, o Gaeco cumpriu seis mandados de busca e apreensão na sede da Sema, que fica localizada no Parque Arthur Thomas. Também foram feitas buscas em duas residências e duas empresas, cujo os nomes não foram divulgados.
Conforme o promotor Antunes, a investigação iniciou após a apreensão de um aparelho celular na operação Password, que apurava irregularidade nos desvios de tributos municipais. No celular, foram encontradas conversas onde um fiscal da Sema pede propina de alguns milhares de reais a um empresário para deixar de multar a empresa por irregularidades ambientais. As conversas aconteceram por meio do WhatsApp, e até um áudio foi anexado ao processo, onde o fiscal, que também não teve a identidade divulgada, solicita os valores.
Até o momento, ninguém foi preso, mas há possibilidade de serem expedidos mandados de prisão preventiva. O processo corre sob sigilo judicial e três medidas cautelares foram determinadas. As medidas exigem que os investigados deixem de conversar entre si e não se aproximem a mais de 90 metros de prédios públicos.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, vários documentos foram recolhidos. O secretário municipal do Meio Ambiente, Gilmar Domingues, não comentou a operação, nomeada de Vastum, significado de ‘resíduo’ em Latim.
