O Aeroporto de Londrina, bem como outros nove aeroportos da região Sul do Brasil, devem ser leiloados até outubro pelo Governo Federal. O objetivo é arrecadar R$ 2,2 bilhões em investimentos nos terminais, que juntos representam participação de 5,6% no mercado.
O anúncio da privatização foi oficializado ainda no ano passado, mas já está em processo adiantado. Depois de cumpridas todas as etapas, os terminais devem ser repassados à iniciativa privada, que realizará obras estruturais de ampliação.
Principal aeroporto do Norte do Paraná, o terminal de Londrina é o terceiro mais movimentado do estado, perdendo para Curitiba e Foz do Iguaçu, ambos com status ‘internacional’. Entretanto, as oportunidades de negócios em Londrina colocaram a cidade no radar do Governo Federal.
No Paraná, apenas quatro aeroportos serão leiloados: Curitiba (Afonso Pena e Bacacheri), Foz do Iguaçu e Londrina. Em todo o Brasil, a pretensão é leiloar 22 aeroportos no modelo de blocos. O bloco Sul inclui além do Aeroporto de Londrina, os seguintes terminais:
- Aeroporto Internacional de Curitiba – Afonso Pena (PR) – puxa-bloco;
- Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (PR);
- Aeroporto Internacional de Navegantes (SC);
- Aeroporto de Joinville (SC);
- Aeroporto de Bacacheri (PR);
- Aeroporto Internacional de Pelotas (RS);
- Aeroporto Internacional de Uruguaiana (RS);
- Aeroporto Internacional de Bagé (RS).
O Aeroporto Internacional de Curitiba é considerado ‘puxa bloco’ porque tem o maior número de passageiros entre os terminais da região sul previstos para leilão. O terminal internacional de Porto Alegre já foi leiloado, por ser o mais movimentado de todo o Sul.
INVESTIMENTOS
A expectativa é que o sucesso registrado no leilão em março de 2019 se repita. Aos olhos do mercado internacional, os terminais anunciados para o leilão são considerados ‘muito valiosos’, por estarem em cidades estratégicas e com alta demanda empresarial.
O plano para Londrina é a o desenvolvimento, além do terminal de passageiros, que já apresenta sinais de saturação, a ampliação do polo de cargas. Uma grande área no entorno do aeroporto já foi delimitada pela Prefeitura como de utilidade pública, para comportar os projetos de ampliação da pista para receber aviões maiores, e a instalação do polo.
No total, os investimentos no Aeroporto José Richa devem passar de R$ 200 milhões, que serão aplicados desde a instalação de equipamentos de auxílio a obras de infraestrutura.