O Corpo de Bombeiros liberou os guarda-vidas para trabalharem de sunga na Operação Verão 2018 nas praias paranaenses, que começou na última quinta-feira (21). A decisão veio após a polêmica proibição da vestimenta na temporada passada.
A liberação da sunga foi repassada nesta sexta-feira (22) à última turma de bombeiros vinda de outras regiões do estado do Paraná para reforçar o efetivo no litoral. Os militares receberam as orientações diretamente do tenente-coronel Jair Pereira, comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, no momento da chegada ao quartel no balneário Santa Terezinha, em Pontal do Paraná.
No total, a corporação terá um efetivo de 600 militares na temporada e, pela primeira vez, o reforço de 21 guarda-vidas civis.
Em texto publicado na página oficial da Operação Verão 2018 pelo Corpo de Bombeiros, o tenente-coronel Jair Pereira diz que a decisão foi tomada para atender a uma solicitação de outras temporadas e, seguindo a orientação do Comando do Corpo de Bombeiros, irão disponibilizar essa flexibilidade para que o guarda-vidas possam optar entre usar a sunga ou usar o calção e, assim, se sentirem mais à vontade para realizarem suas respectivas atividades.
Entenda o caso
A decisão de proibir a sunga começou a gerar desconforto entre os guarda-vidas poucas semanas após o início da temporada passada (2017). A reclamação era de que a bermuda causava assaduras nas pernas, e como os guarda-vidas tem que entrar e sair do mar várias vezes ao longo do dia, o ato de caminhar com o bermudão molhado acaba provocando irritação na pele.
A proibição da sunga levantou questionamento na época da União dos Praças do Corpo de Bombeiros do Paraná (UPCB-PR). A entidade chegou a enviar um ofício ao comando solicitando que o uso de bermuda fosse facultativo e que os bombeiros pudessem vestir sunga novamente.