Depois da coligação de André Pioli (PSC) abrir processo contra os chamados “fakes profiles” na Justiça Eleitoral de Paranaguá, o órgão determinou ao Facebook do Brasil a quebra de sigilo de dados dos perfis, com a finalidade de identificar os autores das contas que são responsáveis por publicar ofensas e ataques pessoais contra o candidato.
Esta semana o caso ganhou um novo episódio: na manhã desta terça-feira (06), após o Facebook atender a solicitação, o que ficou evidenciado pode trazer sérios problemas ao candidato adversário de Pioli, Marcelo Roque (PV). De acordo com o documento emitido pela rede social, o filho de Marcelo, Brayan Roque, estaria por trás da autoria das publicações.
Junto com Brayan, ainda apareceu o nome de Paulo Henrique Oliveira, diretor financeiro da campanha de Roque e filiado ao Partido Verde. Paulinho, como é conhecido, ainda é muito próximo ao senador Álvaro Dias (PV-PR)
Documentos comprovam autoria
De acordo com os documentos enviados pelo Facebook, perfis como “Paranaguense” e “Potz Parnanguara” seriam atualizados pela dupla. Um inquérito será aberto na Polícia Federal, e caso fique comprovada a participação dos correligionários, a punição pode incluir prisão e multa que varia entre R$ 15 mil e R$ 50 mil. A legislação ainda prevê que o candidato também deve responder pelo crime. A determinação consta na lei 9.504 em seu artigo 57.
Outro detalhe é o e-mail utilizado na criação das contas, que segundo o Facebook está registrado para bryanroque@hotmail.com – que coincidentemente, o mesmo endereço utilizado para o registro da candidatura de Marcelo Roque e toda sua chapa de vereadores:
A coligação de André Pioli ainda denunciou o caso para a Delegacia de Cybercrimes da Polícia Civil, o que pode culminar em processo criminal por calúnia e difamação contra os envolvidos.
O outro lado
Através de nota publicada nas redes sociais, Brayan Roque negou a participação nos fakes e disse estar sendo vítima de perseguição. O jovem ainda denunciou que o seu nome estaria ilegalmente sendo usado para a prática e ressaltou que vai aguardar a citação da justiça para tomar medidas cabíveis.
Já Paulo Henrique Oliveira não foi localizado para comentar o caso, e até o fechamento da reportagem não retornou o contato.
Veja os documentos: