A Vara da Fazenda Pública de Paranaguá, no litoral do estado, determinou o bloqueio de bens do presidente da Câmara Municipal e de outros dois servidores. Além de Jozias de Oliveira Ramos (PDT), também tiveram as contas bloqueadas a atual secretária de Meio Ambiente, Adriana Maia Albini – que no ano passado comandava pasta de Administração e Recursos Humanos – e uma ex-funcionária comissionada da Secretaria de Obras de Paranaguá. Eles são suspeitos de participarem da contratação de uma funcionária fantasma, que assumiu um cargo em comissão no período em que o presidente da Câmara assumiu interinamente a Prefeitura de Paranaguá, após pedido de afastamento do prefeito Edison Kersten (PMDB).
Jozias permaneceu apenas quinze dias na chefia do executivo. Nestas duas semanas, ele e a então secretária Adriana Albini nomearam 43 pessoas em cargos comissionados. Entre os servidores estava a Chefe de Divisão de Usina Asfáltica Elisangela Chrisanto da Silva. Ela foi exonerada dois meses depois, quando a Promotoria de Justiça constatou que ela nunca trabalhou no local em que deveria prestar os serviços.
Os três foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná, que entrou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa. Eles podem perder direitos políticos e, se condenados, também podem ser obrigados a devolver para os cofres públicos o dinheiro desviado, além de pegar uma pena de 2 a 12 anos de prisão.