PARANÁ – A juíza Danielle Nogueira Mota Comar, da 9ª Vara Criminal de Curitiba, não seguirá no comando das investigações da Operação Quadro Negro, que apura desvios da ordem de R$ 20 milhões em construções e reformas de escolas no Paraná.
Em despacho de quarta-feira (7), a juíza declarou-se suspeita e alegou questões de foro íntimo superveniente para deixar o caso, cujo processo estava próximo de uma sentença.
A ação passa para as mãos do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que deve nomear um juiz da mesma vara criminal para assumir os processos.
OPERAÇÃO QUADRO NEGRO
As investigações da Operação Quadro Negro apuraram que a Construtora Valor recebeu cerca de R$ 20 milhões provenientes de contratos firmados com o governo do Paraná, mas não entregou as obras.
Em alguns casos, as construções começavam, mas o avanço das obras não estava de acordo com as informações repassadas ao governo, que liberava dinheiro para a construtora. A suspeita recai sobre fiscais da Secretaria de Educação, que, segundo as investigações, fraudavam relatórios que indicavam o estado das obras.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou outras sete ações, em âmbito cível, que pedem a condenação de 18 pessoas por improbidade administrativa. Os promotores também querem que os réus devolvam, ao todo, R$ 41 milhões aos cofres públicos, valor que contabiliza a fraude e multas que podem ser determinadas pela Justiça em caso de condenação.
(Com informações do G1)